SEGURANÇA. Vandalismo, pichações e sossego público – as prioridades apontadas no reinício do GGI
Este editor tem sérias dúvidas se essas deveriam mesmo ser as prioridades. É algo discutível. Mas também não tem receita pronta pra coisa alguma, inclusive (ou especialmente) para a área de segurança pública. Assim, que fique para o debate dos interessados a discussão sobre isso. Registre-se, aqui, além dessas informações, o principal. Isto é, o recomeço das atividades do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, que ficou inerte desde a tragédia da Kiss.
O reinício, com massiva participação das autoridades públicas, e autoridades do setor de segurança pública, ocorreu nesta quarta-feira, como relata a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, em texto assinado por André Campos. A foto é de João Alves. A seguir, um trecho:
“Vandalismo, pichação, perturbação do sossego público e criminalidade na pauta de retorno do GGI-M
Com uma série de fotos exibindo o crescimento e as conseqüências de ações do vandalismo que grassa aos olhos da população, impotente ante a fúria de pichadores e vândalos que quebram, danificam, roubam, destroem equipamentos, bancos, abrigos de uso coletivo, o prefeito Cezar Schirmer abriu a agenda de trabalho do Gabinete de Gestão Integrada (GGI-M), na manhã desta quarta-feira (8). Precedido de um rápido ato informal de inauguração da Sala do Colegiado Pleno e da Sala do Observatório, os integrantes do GGI-M, grupo deliberativo que trata coletivamente de questões da segurança pública da cidade, passou a discutir uma pauta composta por três assuntos que são relevantes sob o ponto de vista administrativo e institucional: o aumento dos índices de criminalidade, as conseqüências destrutivas do vandalismo e das pichações e, o terceiro, a perturbação do sossego público.
Vandalismo e pichações
Na exibição do vídeo, o prefeito Schirmer procurou evidenciar o grau de vandalismo verificado na destruição dos abrigos de ônibus, de lixeiras, de bancos de praças, da iluminação pública, de canteiros e jardins, de prédios marcados por pichações em pontos quase inacessíveis: “não se pode aceitar que noventa e nove por cento da população, que é ordeira, séria e responsável, que ama e cuida a cidade, seja atropelada por zero vírgula um por cento de vândalos alimentados por um desprezo e uma voracidade destrutiva e violenta que acentua o mal estar coletivo; isso não pode e não vai continuar”, exortou Schirmer.
“Eu estive em Caxias do Sul e em outras cidades desse porte que não exibem uma degradação visual do patrimônio público e privado como está se verificando acentuadamente em Santa Maria e nos assombra o alto grau de permissividade devido a uma legislação desatualizada e insuficiente”, lamentou o chefe do Executivo.
Debates
O advogado e coordenador da temática de Segurança, na Adesm, Daniel Tonetto ressalvou que somente o Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal, pode disciplinar e mudar a legislação vigente. Neusa Motta Lemos, representante do Comen, ponderou que é necessário o desenvolvimento de programas sociais e iniciativas de conscientização nas escolas de maneira continuada como meio de recuperação dos adolescentes infratores. Ela disse que de 35 jovens sob tratamento de dependência química, 22 são assumidamente pichadores. O juiz da Vara de Execuções Criminais, Fábio Marques Welter, ressalvou que não se pode atribuir apenas aos adolescentes a prática de pichação e corroborou a importância da consciência de cidadania de maneira que as relações sociais sejam mediadas pelo respeito ao outro e não apenas pela imposição ou coerção da aplicação da lei: “o direito penal entra quando todas as relações institucionais falharem”, argumentou.
O delegado da Polícia Civil, Sandro Meinerz, considerou a iniciativa de retomar o GGIM “é extremamente positiva, é proativa e visa melhorar a questão da segurança da população de santa Maria”; destacou a ação da Polícia Civil que recentemente concluiu um processo para responsabilização de pichadores e os encaminhou ao Judiciário que imputou penalizações, mas que, de maneira geral, como reflexo da sociedade brasileira, se mostram insuficientes visto que, em curto espaço de tempo, verifica-se a reicidência dos atos, por praticamente, os mesmo infratores.
Meinerz, ponderou que é necessário unir as ações preventivas e articular trabalhos preventivos às ações de educação e conscientização comunitária. Também destacou a questão da perturbação do sossego, problema recorrente em alguns locais de aglomerações de jovens em torno do consumo de bebidas alcoólicas e de drogas que incitam à práticas de crime contra o patrimônio e à violência física. O delegado da PC advertiu que “estes locais merecem uma atenção muito rígida de parte de todos os organismos reunidos no GGIM, não só da prefeitura, mas de todas as polícias, além das outras instituições que estão atuando juntas neste trabalho”. A posição foi seguida pelo vereador João Ricardo Vargas, com sua experiência de ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais da BM apresentou contribuições significativas para a construção da agenda coletiva…”
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se é ou não prioridade combater ,também, o vandalismo e os pichadores -pouco importa. Se são adolescentes ou não -pouco importa. O que todo mundo vê é uma cidade feia, emporcalhada, pichada, maltratada por vândalos escondidos na noite e os vândalos habitantes de róseos-palácios…
Tosa de porco?
O cidadão é o reflexo dos seus representantes, quando a sociedade se omite é porque ela não aguenta ver tanta falcatrua dos responsáveis pela a administração. É como uma família se os pais não dão exemplo a seus filhos, eles não os respeitam, se você não mantem a limpeza dentro da sua casa seus filhos iram jogar lixo em qualquer lugar, se você encontra uma cidade limpa você fica com vergonha de jogar lixo no chão!!!
Fiquei 4 meses sem ir em SM, e sempre que vou caminho a pé pela cidade, matando a saudade dos lugares em que me criei. Curiosamente comentei com familiares e amigos sobre isso, que me saltou aos olhos: pichações em todos os cantos, tirando a sujeira pela cidade e as praças abandonadas, cito a dos Bombeiros e a da Corsan. Uma pena!
Abração!
Pablo Valim