SEGUNDO ESCALÃO. Peemedebistas podem se queixar. Mas este não é o caso de Temer
Segue espetacular (para quem está de fora, claro) a disputa entre PT e PMDB para ver quem abocanha a maior quantidade de cargos federais de segundo (e pra lá de influente, às vezes decisivo) escalão no Governo de Dilma Rousseff. Aparentemente (e na prática, cá entre nós) o PT leva vantagem. E terá, é o que indicam os fatos recentes, muito maior poder com Dilma do que tinha com Lula.
Sobretudo na Saúde e na Comunicação, ministérios que eram do PMDB, hoje nas mãos do PT, o estrago foi grande, para o peemedebismo. Mas há um detalhe interessante, que colhi em material publicado no jornal Folha de São Paulo. Se o PMDB tem lá suas razões para queixa – e o “bispo”, no caso, é Dilma -, o mesmo não se pode dizer de seu presidente licenciado, e vice-presidente da República.
Hein? Isso mesmo. Afinal de contas, Michel Temer só perde, em indicações (e nomeações) para os ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Alexandre Padilha (Saúde). Duvida? Então confira a reportagem de Ranier Bragon, Márcio Falcão, Leonardo Souza, Valdo Cruz e
Rodrigo Rötzsch. A seguir:
“Petistas lideram nomeações do segundo escalão
Pivôs da crise com o PMDB na briga por espaço no governo Dilma Rousseff, os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Paulo Bernardo (Comunicações) lideram as nomeações para o segundo escalão.
Levantamento da Folha indica que Padilha já fez 17 nomeações, e Bernardo, 12 para cargos de direção, assessoramento especial e outras vagas comissionadas.
As escolhas dos dois petistas representam 23,5% das 123 nomeações publicadas até agora por todo o governo (excluídas área militar, Receita e universidades federais). O terceiro colocado é o vice-presidente, Michel Temer, que fez oito nomeações.
Os dois ministros são os principais alvos da insatisfação do PMDB. Bernardo demitiu o comando dos Correios (presidente e cinco diretores), sob ordens de Dilma, e Padilha derrubou peemedebistas de postos da saúde…”
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