A volta da ortodoxia – por Daniel Arruda Coronel
Ao indicar o economista Joaquim Levy como Ministro da Fazenda a presidenta Dilma tenta recuperar a confiança do mercado, que foi perdida ao longo dos anos muito em função dos “arranjos e arquitetura” fiscais que foram feitos a fim de fechar as contas do governo e que contribuiu para a perda de credibilidade junto ao setor financeiro e produtivo do país.
Infelizmente os remédios e as ações para uma nova estratégia de crescimento já são conhecidos, ou seja, aumento de juros, apreciação cambial, forte contratação dos gastos públicos e política monetária contracionista, embora tais medidas possam acarretar resultados significativos, num primeiro momento, elas são insuficientes para resolver o problema na sua essência.
Nesse sentido, é preciso várias reformas, as quais todos os governantes se comprometem a fazer em períodos eleitorais, mas acabam deixando em segundo plano, tais como: reforma política, tributária, fiscal e previdenciária, questões fundamentais para uma nova agenda de crescimento econômico sustentável com inclusão e melhor distribuição de renda.
Caso essas reformas não sejam feitas, teremos, infelizmente, mais um ciclo de baixo crescimento econômico, com a perpetuação dos vícios públicos e privados, com os resquícios patrimonialistas que corroem as instituições e contribuem para a ineficiência de vários órgãos públicos.
Enfim, não bastam apenas nomes e o velho receituário ortodoxo, exposto nos manuais americanos de macroeconomia, mas sim as reformas acima expostas e credibilidade dos formuladores da política econômica. Caso esses pré-requisitos não sejam cumpridos, teremos mais uma vitória de Pirro e mais um ciclo econômico, que vem se repetindo desde 1994, o que corrobora a tese de que a estabilidade econômica é apenas um dos pilares da política de coordenação macroeconômica.
P.S. Gostaria de agradecer ao Claudemir por este significativo espaço de comunicação e desejar aos seus leitores votos de um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações, com paz, saúde e alegrias.
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