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UFSM. Há 10 anos, parceria com a Petrobrás rende muita pesquisa e até o Centro de Estudos em Petróleo

Óleo em estado bruto: análise no “Centro de Estudos em Petróleo”, na Universidade
Óleo em estado bruto: análise no “Centro de Estudos em Petróleo”, na Universidade

Há dois anos, com recursos da maior empresa brasileira, a UFSM construiu o prédio que é sede do Centro de Estudos em Petróleo. Agora, o Laboratório de Análises Químicas Industriais e Ambientais (Laqia), acaba de fechar mais um grande projeto. São, no total, R$ 3,5 milhões, dos quais cerca de 70% destinados à aquisição de equipamentos, inclusive um microscópio eletrônico de varredura de alta definição.

Esse são alguns dos fatos gerados pela parceria iniciada há exatamente uma década, e que rende dividentos científicos importantes para a Universidade e, claro, oferece uma contrapartida à Petrobrás, que acaba beneficiando o conjunto da sociedade. Mas, e como começou esta união? O que ela gerou, além dos fatos citados acima? Vale conferir, a propósito, o material (assinado por Luana Mello) publicado originalmente no sítio da UFSM. A seguir:

Modelo mais atual de micro-ondas está no Laqia: em conjunto com a Petrobrás
Modelo mais atual de micro-ondas está no Laqia: em conjunto com a Petrobrás

10 anos de uma parceria que ainda rende frutos

A utilização da energia das micro-ondas e do ultrassom trouxe grandes e importantes investimentos da Petrobras para o Laboratório de Análises Químicas Industriais e Ambientais (Laqia), do Departamento de Química do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) da UFSM. A compra de equipamentos com a tecnologia mais avançada disponível no mercado e a construção de um prédio, em 2012, onde fica o Centro de Estudos em Petróleo (Cepetro), são as principais conquistas.

O professor Edson Müller, pesquisador do laboratório, relata que o primeiro contato entre UFSM e Petrobras foi feito em 2004. “Nós estávamos participando de um congresso, que tratava da utilização da energia das micro-ondas, e o pessoal da Petrobras também estava”, explica. Uma pesquisadora da Petrobras perguntou ao professor Érico Flores, coordenador do Laqia, sobre a possibilidade de o grupo trabalhar com o tratamento do petróleo.

Desde então, já são 10 anos de uma parceria que tem dois focos principais: a utilização da energia das micro-ondas para a melhoria da qualidade do petróleo e a redução do teor de enxofre e nitrogênio do óleo diesel e de outras frações do petróleo utilizando o ultrassom.

Durante o processo de obtenção, o petróleo traz consigo grandes quantidades de água e sal emulsionados, componentes que conferem características prejudiciais ao petróleo. Neste contexto, a Petrobras utiliza alguns processos, dentre os quais destaca-se a separação eletrostática, que consegue separar boa parte do sal e da água presentes no petróleo, mas essa técnica não é adequada para todas as amostras.

Como o grupo do Laqia/Cepetro já trabalhava com a energia das micro-ondas, a Petrobras procurou seus pesquisadores para utilizar essa energia na remoção de água e sal de petróleo que não eram eficientemente dessalinizadas pelos processos convencionais. “No primeiro projeto desenvolvido na parceria UFSM-Petrobras foi mostrado, em escala laboratorial e piloto (maior), que a energia das micro-ondas é eficiente para a remoção de água e sal de petróleo. Testes iniciais com resultados promissores já foram realizados em escala industrial”, explica o professor.

Como desfecho disso vieram os recursos para a construção do prédio, R$ 1,5 milhão, mais R$ 1 milhão para equipá-lo com a instrumentação necessária.

Em outro projeto da parceira UFSM-Petrobras, a energia do ultrassom foi utilizada para remoção de compostos sulfurados (enxofre) e nitrogenados do óleo diesel, pois, como explica o professor, “hoje, quase todo óleo diesel produzido pela Petrobras atende às exigências dos órgãos ambientais de que a quantidade máxima de enxofre no óleo deve ser de 10 partes por milhão (10ppm), porque a queima do óleo diesel com compostos nitrogenados e sulfurada, pelos veículos, produz gases que contribuem com a chuva ácida”.

O processo convencional que a Petrobras utiliza para a remoção do enxofre no óleo diesel apresenta algumas limitações em função da presença de algumas espécies de enxofre, dificultando a produção do combustível dentro das especificações.

Nos experimentos realizados no Laqia, com a utilização da energia do ultrassom, foi possível a obtenção de óleo diesel com teores máximos de enxofre de 5 ppm. Essa pesquisa ainda está na escala piloto, falta ir para a refinaria, ser testado em escala maior…”

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