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CAMOBI DOIS. Cacism repassa reivindicações e comunidade se queixa, se queixa, se queixa…

Já escrevi que a iniciativa da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism) é por demais interessante. Vai às comunidades, ouve suas reivindicações e as encaminha a quem de direito. E, esta é a diferença de outras iniciativas, inclusive do poder público, dá o retorno do que foi realizado.

Foi o que ocorreu na noite de quarta-feira, em Camobi – onde o projeto “Cacism por Santa Maria” esteve no final de março. O chato, o triste, o lamentável é que, embora a comunidade em peso tenha participado e reivindicado e colocado suas posições, quem poderia ajudar a resolver os problemas, salvo raríssimas exceções, não se mexeu.

Um exemplo foi colocado por um empresário: “em vez de uma subsede, a prefeitura colocou aqui um posto de negociação de dívidas, e não de prestação de serviços”. Uma coisa é importante, mas a outra também. Ou não.

Ah, sobre a reunião noturna de anteontem, acompanhe material produzido pela assessoria de comunicação da Cacism. As fotos são de Rafael Duardes. A seguir:

CACISM debate problemáticas de Camobi

Lideranças locais comparecem ao “retorno” do Cacism por SM no bairro Camobi

Empresários e comunidade participaram da quinta reunião do“CACISM por Santa Maria”

Um momento de discutir os encaminhamentos dados no primeiro encontro e compartilhar outras questões que atrapalham o desenvolvimento do bairro. Assim foi o “CACISM por Santa Maria”, realizado na noite de ontem, dia 28, em Camobi, no salão paroquial do Santuário do Divino Espírito Santo, conhecido como Igreja dos Amaral.

O presidente da CACISM, Paulo Ceccim, iniciou a reunião retomando as discussões de 24 de março. Na ocasião, os principais questionamentos dos empresários e da comunidade foram sobre a implantação de um sistema de esgoto, a duplicação da RSC 509 e as subsedes da prefeitura. A seguir, os principais tópicos abordados:

Subsede da prefeitura

Otimizar o atendimento  ao público. Este é o desejo apresentado ontem por aqueles que precisam utilizar os serviços da prefeitura municipal. A instalação de uma subsede na região foi apresentada dia 24 de março como uma solução para melhorar a execução e fornecimento de atividades no centro e no bairro.

De acordo com empresário, Roberto Menegheti, o governo municipal colocou na região um posto de negociação de dívidas, e não de prestação de serviços. “Precisamos de um posto que não só recebesse parcelamento de débitos, mas que fizesse encaminhamentos e distribuição de questões”, comenta em relação a liberação e fiscalização de atividades, que pode demorar até 60 dias.

A burocracia na autorização de serviços é uma questão pertinente para outras pessoas como Líder José Varaschini. Segundo, os pedidos demoram para serem feitos, assim como o atendimento. “Tem que trazer uma subsede da prefeitura com toda uma estrutura para atuar na região”, elucida Varaschini.

Redutores para diminuir acidentes

 “Diariamente morrem ou se acidentam na frente do mercado”, reclama Sérgio Digacomo. A velocidade dos carros que atravessam a avenida Evandro Behr é outro questionamento do grupo presente na quarta-feira. A via possui dois pardais eletrônicos, porém no trecho que não possui, os motoristas excedem o limite de velocidade permitido.

O pedido é de aumente a quantidade de redutores na região, principalmente na frente do Supermercados Dois Irmãos, e que motivou a criação de um abaixo assinado que circula pelo bairro. “Praticamente em quatro meses em frente ao mercado, quatro pessoas perderam a vida”, diz Varaschini.

Já a sugestão de Marcos Antônio Rigo, é de que a colocação de controladores de velocidade se estendam até a Base Área de Santa Maria.

Calçadas

Outra necessidade é um estudo sobre o calçamento e incentivo para a colocação de calçadas. “Desde 1990 brigamos para tentar calçar as ruas”, comenta o morador Juracy Machado , sobre a área onde reside.

Ele conta que em 2000 foi calçado apenas 64 m de rua, mas falta 126 m. Os moradores entregaram materiais para a prefeitura para a construção, porém os artefatos estão armazenados.

Paulo Ceccim explanou que a entidade entregou projeto de padronização de calçadas em Santa Maria. O estudo levou seis meses para ser feito e levou em consideração, inclusive, as necessidades de portadores de deficiências físicas.   

Iluminação

A falta de iluminação também foi abordada. Conforme Rigo, “as luzes ficam ligadas durante o dia e desligadas a noite”. A sugestão de Ricardo Antonello é de que seja feito um projeto que reaproveite melhor a luminosidade. “Onde a luz não se volte para baixo e não seja disperça para cima”, comentou.

Regularização de lotes

Empresários observam projeto de duplicação da faixa velha - sem prazo para iniciar

A questão sobre loteamentos clandestinos foi trazida pela moradora Zeni Goucafa. Residente na rua Ângelo Monfardini, ela reclama que comprou um lote na região, e que , segundo a prefeitura, a área é irregular. “Venderam uma escritura que não existe”, reclama. O processo sobre o assunto está junto a procuradoria e envolve cerca de 30 famílias. Zeni também salienta que os moradores não se negam em pagar impostos à prefeitura. 

Outros assuntos abordados foram o recapeamento do asfalto na faixa velha de Camobi. Os moradores acreditam que a ação não é sólida e a chamaram de “tapa buraco”. Além isso, foi discutida a situação das estradas que dão acesso aos distritos, como Pains.

Rede de esgotos em Camobi

A realização da sonhada rede de esgotos em Camobi pode estar perto de se tornar realidade. Após 14 anos de espera, no dia 1º de junho foi publicado no Diário Oficial a implantação de um sistema de esgotos. Na próxima terça-feira, dia 3 de agosto, está prevista a licitação.

Duplicação da RSC-509

Outra luta antiga é relacionada à ampliação das vias na RSC-509 entre o trecho entre a Igreja do Amaral e a rótula dessa rodovia com a BR-158, no Trevo do Castelinho. A cidade aguardava que os encaminhamentos necessários para a execução da obra, orçada em R$ 28 milhões, iniciasse entre os meses de abril e maio.

“O projeto de duplicação é uma realidade e vai acontecer”, comentou Jorge Pozzobom, que cuidava das relações entre os governos municipal e estadual. O político disse que não tem previsão de quando as obras iniciarão.

Paulo Ceccim comentou sobre o projeto, que prevê a criação de três vias para cada sentido do trecho, manifestando a importância da duplicação e ganho que significa para desafogar o trânsito na região. O presidente da CACISM faz um alerta, no entanto, quanto a pontos não contemplados, como a falta de ciclovias, o que pode vir a ocasionar acidentes. A questão também preocupa os moradores, como Roberto Menegheti, que reclamou que a comunidade não foi ouvida para a elaboração do projeto final da rodovia. “

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Um Comentário

  1. Espero que a direção da CACISM persevere neste tipo de ação. Independentemente dos resultados alcançados em um primeiro momento, a metodologia deste projeto é o que me parece mais importante. O contato direto, a discussão, o compromisso sério de dar os encaminhamento e o principal, como bem destacou o editor aqui do site, a avaliação dos resultados obtidos só poderá produzir benefícios para Santa Maria. O modelo está aí. Basta seguir!

    Imaginemos se tudo que foi discutido e proposto no primeiro encontro em Camobi fosse escrito num papelzinho e depositado no “BANCO de IDÉIAS” da Prefeitura Municipal…

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