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Cinema é tudo – por Bianca Zasso

biancaEsta colunista conhece a realidade e assume, sem nenhuma vergonha, que não anda escrevendo seus melhores textos nos últimos tempos. Não que esteja em busca de uma obra inovadora, longe disso. A correria do cotidiano, somada a uma finalização de um trabalho de pós-graduação andam colocando neurônios e nervos em parafuso. Não apenas em nome de prazos e estudos, mas de empenho emocional. Vou explicar.

Optar por ser um pesquisador de cinema não é uma escolha fácil. Não dá dinheiro e você passa a conviver com comentários inconvenientes. Sempre terá aquela tia que pensa que tu “faz filmes” e não “estuda filmes”. Alguns amigos não vão entender porque você assiste a mesma cena várias vezes, faz anotações e afirma encontrar algo novo a cada sessão.

Se forem amigos de verdade, mesmo sem compreender, vão te apoiar. Caso aconteça o contrário, troque de amigos. Fica a dica. Isso sem contar aquela amiga da amiga da sua mãe que te pede dicas de “filmes legais” para assistir no final de semana. Ela pede a sinopse e você vai querer dar uma análise fílmica completa.

Parecemos chatos, mas somos legais. Nosso problema é que gostamos tanto de cinema que não nos contentamos em apenas assistir. Queremos rever, entender, perceber nuances e descobrir novos significados. Um filme não é sempre o mesmo a cada vez que você o assiste. Assim como você não é o mesmo depois de assisti-lo.

Sair de uma sessão de cinema pensando no que vai preparar para o jantar ou na conta de luz que vence amanhã não é um bom sinal. Você não viu o filme, apenas se deixou entreter por imagens em movimento por duas horas. Pesquisadores sempre vão tentar convencê-lo de que experiência do cinema deve ser intensa, mesmo quando o objetivo é a diversão.

Enfim, a Bia aqui anda mergulhada na pesquisa de cabeça, corpo e alma. E ainda precisa dar conta de ver os indicados ao Oscar e pensar sobre eles, além das novas edições de filmes antigos lançadas recentemente. Mesmo que ninguém queira conversar sobre eles, preciso entende-los. É vício. Podia ser apenas um hobby, mas é mais forte do que eu. Faço minhas as palavras do mestre japonês Akira Kurosawa: “Para mim, o cinema é tudo. É por isso que fiz dele o trabalho da minha vida.”. 

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