De foice. Afinal, quantos votos têm Chinaglia, Fruet e Rebelo na briga para presidir a Câmara
Se forem somados os votos atribuídos, pelos respectivos apoiadores, a Aldo Rebelo, Arlindo Chinaglia e Gustavo Fruet, esteja certo: haveria bem mais que 513 deputados federais sendo empossados (e aptos a votar, portanto) nesta quinta-feira, no Congresso Nacional.
A realidade dos cabos (e sargentos, e até alguns generais) eleitorais é, na verdade, um devaneio em favor das próprias candidaturas, e não da verdade factual. Se bem que, até mesmo essa é difícil de mensurar, menos de 48 horas antes do pleito que vai definir o terceiro nome, hierarquicamente falando, da República – logo abaixo do Presidente Lula e do vice José Alencar.
Em todo caso, há os que se arriscam a palpites. Eu próprio faço isso por aqui, como você sabe. Mas, entre os que estão lá, pertinho das fontes, e em condições de uma avaliação tão mais precisa quanto possível, é o jornalista Ricardo Noblat. E é dele o texto abaixo, que destaca a quase inevitabilidade de um segundo turno entre Rebelo e Chinaglia, e a impossibilidade – pensa ele – de prognosticar o vencedor. Dê uma lida:
Os números de Aldo e de Chinaglia
Para o público externo, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) deixa que circule a informação de que ele já reúne algo como 280 a 290 de um total de 513 votos para se eleger presidente da Câmara. Seu principal adversário, Aldo Rebelo (PC do B-SP), atual presidente da Câmara e candidato à reeleição, estima que conta com 220 a 230 votos. O resto sobraria para Gustavo Fruet (PSDB-PR), candidato da chamada 3ª via.
Gente com acesso a números mais realistas manipulados por Chinaglia e Aldo dá conta de outra realidade. Chinaglia, hoje, estaria na dianteira com cerca de 220 a 230 votos. Precisará no mínimo de 257 para se eleger direto no primeiro turno. Aldo contaria com cerca de 190 a 200 votos. E Fruet com 70 a 80 – não mais do que isso.
Chinaglia sabe que um eventual segundo turno tornará sua vitória incerta. E que nesse caso crescerá a chance de Aldo derrotá-lo. Qualquer um dos dois ganhará apertado no segundo turno. O eleito deverá a vitória aos que votarem em Fruet – quer dizer: basicamente ao PSDB dono de 63 votos.
No momento, o PSDB está com Fruet e não abre. No segundo turno deverá se dividir entre Chinaglia e Aldo. Os votos do governador José Serra, de São Paulo, irão para Chinaglia. Os do governador Aécio Neves, de Minas Gerais, poderão ir para Aldo.
É curto o intervalo entre o primeiro turno e o segundo – uma a duas horas, se tanto. Tudo deverá estar consumado antes da meia-noite desta quinta-feira.
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