Por que Lula é o grande favorito de outubro?

De cada dez analistas ouvidos, ou lidos, 11 entendem que Luiz Inácio Lula da Silva vai ganhar um novo mandato para presidir o Brasil. As razões para isso são variadas e conhecidas. E percebe-se também, entre os que observam a vida política nacional, um desencanto em relação ao comportamento do eleitorado (manifestado através das pesquisas que se sucedem), que pode conceder a Lula a vitória ainda no primeiro turno.

A principal razão apontada para o favoritismo lulista se dá no comportamento do próprio candidato e sua aceitação nas camadas mais populares (e majoritárias) da população. O inequívoco carisma pessoal também ajuda. E, se serve de consolo aos anti-petistas, parece óbvio que o partido do Presidente (reeleito ou não) vai minguar. É o PT, e não Lula, o principal atingido pelos escândalos sucessivos – o que pode indicar ainda mais dificuldades para o governo, no segundo mandato.

Mas, além de Lula, do seu carisma e das camadas populares, há outros fatores que contribuem para o favoritismo. Um deles é muito bem focalizado em nota publicada agora há pouco, pelo site do jornalista Ricardo Noblat: a pobreza política do principal oponente, o tucano Geraldo Alckmin, que faz justiça ao apelido que ele próprio assimilou, “chuchu”. Vamos convir, que essa, segundo o Aurélio, “trepadeira herbácea, da família das cucurbitáceas (Sechium edule), de fruto verde” é uma bela acompanhante de saladas – desde que regada a vinagre, pelo menos. Sem isso, é absolutamente insípida e dispensável.

Mas, leia você mesmo o que escreve Noblat:

Conspiração contra Alckmin

Há uma conspiração em curso para derrotar de véspera a candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República. Dela participam membros emplumados do PSDB, cabeças coroadas do PFL e aspirantes a aliados do candidato convencidos de que será inevitável seu fracasso em outubro próximo.

Mas sabe quem lidera a conspiração? O próprio Alckmin. Sim, é dele que partem os gestos e as omissões necessárias para que os conspiradores atuem com desenvoltura. E para que nem mais disfarcem seu objetivo: trocar Alckmin por José Serra. Se não der, largarem Alckmin de mão e ir cuidar de suas vidas.

A troca de candidato é mais do que remota. A essa altura, Serra assumiu tantos compromissos políticos para se eleger governador de São Paulo que ele não pode dar o dito pelo não dito e sair candidato a presidente de última hora. Para tal, o tempo seria curto. De resto, ele não quer.

Quando em janeiro último começou a ouvir do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que Lula se reelegerá na certa, Serra pensou que o amigo e ex-chefe no governo passado exagerava. Ou que talvez por vaidade não desejasse assistir a um possível êxito dele. Serra é desconfiado, pois não.

Diante do franco favoritismo da candidatura Lula atestada a cada pesquisa de intenção de votos publicada, Serra passou a dar razão a Fernando Henrique. E, ao seu modo, lhe é grato. Não abdicou da certeza de que se fosse ele o candidato da oposição Lula teria uma parada indigesta pela frente.

Nem por isso admite mais falar em…”

SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço www.noblat.com.br.