COLUNA OBSERVATÓRIO. “PP faz convenção e discute a relação com a prefeitura”

O médico Renor Beltrami garantiu ao colunista, na quarta-feira: não é candidato a presidente do PP. E não será. É o que garantiu, com alguma veemência verbal. Ainda que se trate de política, em que a cautela é quase ato de legítima defesa, vamos combinar que as afirmações do militante se confirmarão neste domingo, data em que o Partido Progressista se reúne em convenção.

Dito isto, é possível supor que Marcelo Dalla Corte,o atual Presidente, e que até gostaria de se retirar, abrindo caminho para outros nomes, acabará sendo reeleito, inclusive por aclamação. O que, de um lado, significa o aval dos filiados ao que estes consideram ter sido uma boa administração política. E foi. Tanto que o partido, depois de muuuuito tempo, está outra vez no poder.

Está, meeesmo? É aí que a porca torce o rabo. Se há paz aparente na escolha dos dirigentes, seja o improvável Beltrami ou o praticamente certo Dalla Corte, não é exatamente tranqüila essa história de que o PP é poder. Não falta, no partido, quem duvide. Há, até, os inflamados. Poucos, mas barulhentos e influentes. E ameaçam com a proposta de ruptura, mesmo que José Farret, o grande nome do progressismo boca-do-montino seja nada menos que vice-prefeito. Que não manda nada, e ainda é “humilhado” – palavra de um veterano ao colunista.

É exatamente essa relação que se discute nos últimos dias, em vários escalões do PP. Que ninguém espere, porém, discursos inflamados. Isso é coisa para “modernos”. Os mais experientes preferem a fala mansa dos colóquios (mais ou menos) privados e os recados indiretos. Para quando, e se, uma decisão for tomada, ninguém se surpreenda.