IMPRESSA. Na coluna desta sexta, o muro que ainda sobrevive e separa a UFSM de sua sede, Santa Maria
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta sexta-feira, 17 de abril, no jornal A Razão:
UFSM e a cidade, o muro para derrubar
Reconheçam-se os esforços individuais e institucionais. Mas parece que o peso de uma separação histórica entre UFSM e Santa Maria – por mais que uma e outra sejam intimamente ligados e não só por uma questão geográfica – teima em manter um muro a separá-los firmemente.
Fonte do colunista que esteve no Rio de Janeiro contou o fato a seguir.
O prefeito Cezar Schirmer e o reitor Paulo Burmann viajaram no mesmo avião. E, claro, papearam. Mas um não sabia a agenda do outro (e vice-versa), e quais os propósitos específicos. Vai daí que a UFSM assinou fantástico contrato com os russos, com direito a mapa mundi enorme no estande do país de Tolstói com Santa Maria devidamente marcada e… o prefeito só soube do evento porque abriu a porta, meio que involuntariamente.
Não há maldade, conceda-se. Só falta de hábito. Aparentemente, o muro é confortável. Passa da hora de derrubá-lo. Em benefício de todo mundo.
VOTAR ANTES
Interessante a proposta do vereador João Kaus, do PMDB. Ele quer mudar o Regimento Interno da Câmara. Hoje, antes de votar as propostas que estejam na “Ordem do Dia”, os vereadores usam a tribuna para fazer seus discursos. O peemedebista quer inverter isso: antes votar, depois falar. Palpite: se consumada a modificação, de um lado as votações acontecerão mais depressa; de outro, os discursos serão menores.
NOVA CHANCE
Assembleias docentes da UFSM, na próxima semana, nos campi de Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Camobi, são nova oportunidade para aferir nível de mobilização e possibilidade de greve. Hoje, não há clima. Hoje.
JUNÇÃO
Cúpulas – que desconsideram as opiniões de alguns de seus líderes, como os demistas Ronaldo Caiado e Onyx Lorenzoni – do PTB e do DEM avançam, ainda que lentamente, na possibilidade de tornarem os dois partidos um só. Com nome ainda indefinido e, mais grave talvez, sem identidade. Até porque um é governista, outro é oposicionista. Seria mais união de oportunidade do que de princípios. Em Santa Maria significaria uma bancada de quatro vereadores.
UNIÃO
Mais fácil e rápido é o processo que poderá levar à incorporação do PPS (ex-comunista) pelo PSB. Ambos são oposição e se aliaram ao PSDB, ano passado. O futuro? Ao eleitor pertence.
Fantástico contrato por irrelevante. Instalação de uma antena de um sistema de localização que quase ninguém usa? Valor guardado a sete chaves?
O muro, bueno, é bem mais complicado do que o prefeito não ir numa cerimônia obscura na LAAD. Porque pelo que divulgam por aqui, o mundo é uma ponchada de terra ao redor da aldeia.