Um acordo dos líderes partidários, que uniu PT e PSDB por exemplo, levou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a ADIAR para a próxima semana o fim da votação do projeto que regulamenta a contratação de funcionários terceirizados pelas empresas.
Já havia sido retirado um ponto importante do texto base aprovado na semana passada. A terceirização não atinge empresas públicas, mas no mais vale quase tudo – o que levou a protestos em todo o país, inclusive em Santa Maria, embora aqui a manifestação tenha sido, comparativamente, tímida.
Em Porto Alegre, no entanto, um punhado de serviços importantes simplesmente não funcionou, como mostra o relato do jornal eletrônico Sul21, que trata apenas do que aconteceu na parte da manhã – à tarde o movimento se manteve, aliás, especialmente no transporte público. Acompanhe:
“Protesto contra terceirizações leva trabalhadores às ruas e paralisa serviços essenciais por 24 horas no RS
Centenas de pessoas se reuniram nesta quarta-feira (15) em frente à Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) para protestar contra o lobby feito por empresários na última semana, quando a Câmara Federal aprovou a lei das terceirizações (PL 4330). Convocados pelas centrais sindicais em dois dias, os trabalhadores gaúchos que aderiram à paralisação nacional realizaram também atos descentralizados e por lutas próprias das categorias ao longo da manhã. A mobilização iniciou na madrugada desta quarta-feira (15) e seguirá até o final do dia.
Um dos principais efeitos do protesto dos trabalhadores foi a paralisação do transporte público. Até a meia-noite não haverá serviço da Trensurb nem da empresa pública de ônibus Carris. A Metroplan está tentando suprir a demanda com frota extra ao longo do dia e também no horário do jogo do Grêmio e Campinense-PB, pela Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira. As empresas Vicasa, Real e Central, autorizaram a liberação de ônibus para atender aos torcedores no final do jogo com saídas da estação Anchieta.
Após o ato na Fecomércio, os manifestantes seguiram rumos distintos. Uma parte, convocada pela Comlutas, encerrou as atividades ao meio-dia. A outra, convocada pela Cut, Cpers, Movimento Nacional de Luta por Moradia, entre outras centrais, seguiu em marcha até a Assembleia Legislativa do RS. A ideia foi ocupar o Plenário para pressionar os partidos a não avançar no PL 4330 na tramitação do texto no Senado Federal…”
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