Os termos podem ser mais ou menos rebuscados, menos ou mais explícitos. Mas, com certeza, ficou bem claro o que quis dizer nesta segunda-feira o líder do governo no Congresso, o senador José Pimentel: o tamanho do corte a ser anunciado na quinta-feira, pelo Planalto, dependerá do resultado das votações desta terça e quarta, na Câmara dos Deputados.
Isto é, se tudo for aprovado direitinho, a facada pode ser de R$ 60 bilhões. Do contrário, admite-se um corte de até R$ 80 bilhões, como preconiza o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Pimentel deu as declarações nada alvissareiras logo após ter se encontrado hoje com a Presidente Dilma Rousseff para tratar do contingenciamento e da análise, pela Câmara, da Medida Provisória 668 e do projeto que revoga a desoneração da economia, além do Fator Previdenciário. Mais de tudo isso, vale conferir no material originalmente publicado no portal Fato Online. A reportagem é de Mário Coelho e Afonso Morais, com foto de Reprodução. A seguir:
“Governo aguarda votação do ajuste para definir tamanho do corte…
…O Palácio do Planalto aguarda a votação, na Câmara, de duas propostas relacionadas ao ajuste fiscal para definir o tamanho do corte na LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2015. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (18), pelo líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-PE), depois de participar de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e com os líderes na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).
A estimativa é que o corte seja fixado entre R$60 e R$80 bilhões. “O fechamento [dos cortes] será feito agora. [Mas] poderá ser maior ou menor, dependendo do resultado da votação na Câmara”, disse. Segundo Pimentel, entre hoje e quinta-feira (21), haverá diversas reuniões com representantes do Congresso e dos ministérios para definir o tamanho da tesourada no Orçamento. A presidente tem até sexta-feira (22) para publicar as mudanças no DOU (Diário Oficial da União).
Na sexta, a sanção do Orçamento 2015 completa 30 dias. De acordo com Pimentel, a conversa dos líderes com Dilma girou em torno das medidas provisórias do ajuste fiscal e do projeto de desoneração da folha salarial, que tramitam no Congresso. A Câmara analisa, nesta semana, a MP 668/2015, que estabelece novas alíquotas de PIS/Pasep e Cofins para importação, e a proposta que revoga os incentivos dados no ano passado para 56 áreas da economia…”
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Orçamento é ficção. Crescimento lá previsto para este ano é 0,8% e dólar a 2,67 em dezembro. Lembrando que houve uma mudança para melhorar o cálculo do PIB (para dar uma inflada nos número da Dilma; não fosse assim tinham divulgado os dois números: método novo e antigo), estão prevendo um encolhimento perto de 1% este ano. Se o crescimento previsto não acontece, existe despesa sem receita, óbvio.
A economia que o Levy quer fazer é 1,2%, o resto dos economistas falam que ele vai conseguir 0,8%. Tudo dentro do erro das previsões.
Voltando aos cortes, uma questão que fica é: será que a despesa de um milhão para "estudos do trem de alta velocidade" será contigenciado? Quem acha que este delírio de grandeza é o único do orçamento não viu nada…