O Partido da Pátria Livre (PPL), inclusive nas manifestações públicas de seu presidente, o vereador de Santa Maria Werner Rempel, não esconde o desconforto com a atuação de seu único deputado estadual no Rio Grande do Sul. Miguel Bianchini, pepelista de Santiago, não estaria “seguindo a linha do partido” e, portanto, poderia ser “excluído”, como declarou Rempel, há duas semanas.
Não será fácil, no entanto, “excluir” Bianchini, que tem muitos recursos políticos e jurídicos, se a ameaça virar uma realidade; o que até agora não ocorreu. Como também não é bem assim para o PSOL expulsar o deputado federal Cabo Daciolo, do Rio de Janeiro. O carioca constrangeu o partido e suas lideranças ao protocolar (e não voltar atrás) uma proposta de emenda constitucional que, na prática, acaba com o chamado Estado laico. Afinal, quer substituir a palavra “povo”, na Constituição Federal, pela expressão “Deus”.
Foi, com o perdão do trocadilho infame, um “deus-nos-acuda”. Que receberá tratamento especial neste final de semana, em que os psolistas decidem o rumo de Daciolo. Que, porém, promete resistir e continuar no PSOL, como mostra amplo material publicado no meio desta semana pelo portal especializado Congresso em Foco. A reportagem é de Fábio Góis, com fotos de Zeca Ribeiro, da Agência Câmara de Notícias (Daciolo) e , da Agência de Notícias da ALRS (Bianchini). A seguir:
“Psol encaminha expulsão de deputado evangélico…
… O deputado Cabo Daciolo (RJ), que pretende trocar o termo “povo” por “Deus” na Constituição Federal, deve ser expulso do Psol no próximo fim de semana, em deliberação a ser realizada pela executiva nacional do partido. Com comportamento e ideologia considerados incompatíveis com o dogma partidário, ele já estava suspenso desde 26 de março.
Dizendo querer permanecer no partido, Daciolo já fez sua defesa junto à Comissão de Ética do Psol, que elaborou um parecer a ser submetido à cúpula partidária com encaminhamento que tende a ser pela expulsão. Foi o que disse ao Congresso em Foco nesta terça-feira (12) o presidente nacional da sigla, Luiz Araújo. “A tendência é a Comissão de Ética recomendar a expulsão”, resumiu o dirigente, acrescentando ainda não ter tido acesso ao relatório do colegiado.
Ao ser informado pela reportagem sobre a provável expulsão da sigla à qual se filiou para disputar as eleições de 2014, Daciolo demonstrou decepção. E, ato contínuo, recorreu à pregação religiosa que tanto lhe indispôs com a militância do Psol. “É mesmo, é? Só Deus mesmo, meu amigo… Só Deus no controle”, resignou-se o deputado, com ar de desalento.
Daciolo garantiu que não vai desistir de “crescer” no Psol, como já havia dito em entrevistaveiculada neste site em 14 de abril. “Eu quero continuar no Psol, crescer no Psol. Vou continuar na luta para permanecer. Quero ver quais são os recursos a que tenho direito para reverter isso aí. Só falei de Deus e me expressei sobre os militares. Eles [da cúpula do Psol] sempre souberam a minha posição”, lamentou o deputado…”
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