Santa MariaTragédia

KISS. Que não se diga faltarem dignidade e luta para familiares das vítimas e dos sobreviventes da tragédia

Ok, ok, ok: ordem do Judiciário é para ser cumprida. Mas há jeito e jeito de cumprir
Ok, ok, ok: ordem do Judiciário é para ser cumprida. Mas há jeito e jeito de cumprir

Este editor não esconde de ninguém, e os leitores percebem há um tempão: aqui, o espaço é garantido para as manifestações dos familiares das vítimas e sobreviventes da tragédia de 27 de janeiro de 2013. Uma opção pessoal e profissional. Respeita todas as outras, mas mantém a sua. Desde então, o espaço é garantido.

Dito isto, é preciso reconhecer: os familiares e amigos que se colocam na linha de frente da luta por Justiça têm, de um lado, ampla solidariedade. E, de outro, narizes torcidos e até observações de quem, como já foi possível ler em comentários neste sítio, “os manda orar”, esquecendo que são, para os que creem, dois julgamentos. Um talvez se resolva com reza. O outro, bem, o outro é a justiça dos homens. E esta é aqui na terra mesmo.

Gente, são 242 meninos e meninas mortos. E não foi por acaso. O editor não indicia, não denuncia, não condena ou absolve. Mas não pode deixar de se comover e se unir à luta digna dos familiares. Mesmo quando eles sofrem aparente revez, a partir de uma atitide considerada em desacordo com o Judiciário. Que precisa ser respeitado. E foi. O que não significa, necessariamente, concordância. Ah, ao que especificamente estamos nos referindo? Confira no material publicado originalmente pelo G1, com imagem reproduzida da RBS-TV, e entenderá. A seguir:

Com vendas e mordaças, pais de vítimas da Kiss retiram cartazes

kiss selo…Familiares de vítimas do incêndio na boate Kiss, ocorrido na madrugada de 27 de janeiro de 2013 e que causou 242 mortes em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, cumpriram nesta sexta-feira (8) a decisão judicial determinando a retirada dos cartazes e faixas com críticas ao promotor Ricardo Lozza. Eles usaram vendas nos olhos e mordaças na boca para protestar, argumentando que foram oprimidos e impedidos de se manifestar publicamente.

A decisão foi tomada nesta quinta (7) pelo juiz Carlos Alberto Ely Fontela, da 3ª Vara Cível de Santa Maria, que acolheu ação do próprio promotor. Ele determinou também que o Movimento do Luto à Luta se abstenha de qualquer manifestação que cite uma possível responsabilidade de Lozza.

Lozza fiscalizou a boate antes do incêndio, após reclamações de poluição sonora. Os cartazes retirados pelos familiares dizem que ele poderia ter evitado a tragédia. Ele afirma que todas as medidas necessárias foram tomadas na época.

A defesa de Lozza afirma que não foi comprovada nenhuma irregularidade contra ele e considera que o conteúdo dos cartazes pode ser interpretado como uma “ameaça”…”

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3 Comentários

  1. Parabéns Claudemir, não esperava outra atitude, pois sei de tua seriedade e independência.Comungo da mesma opinião expressada pelo ÉVERTON MACIEL.

  2. Ola! Não só nos mandam orar, mas neste dia enquanto retirávamos os cartazes pessoas nos chamavam de loucos e uma senhora de covardes e que deveríamos mostrar o rosto, não entendo o porque tanto desrespeito, falta de solidariedade e apoio. São ataques de graça pois não estamos interferindo na vida destas pessoas, mas a nós machuca, dói. Será que somos mesmo loucos e covardes de lutar por justiça a nossos filhos?

  3. Como teu leitor e eventual participante do sitio, reconheço e louvo tua atitude, mais do que jornalistica, HUMANA, em cerrar fileiras com a luta e com a dor dessas pessoas. Os pais, mães e demais familiares dos que foram vitimados pela sequência de irresponsabilidades e conivências dessa maldita boate, são, de direito e de fato verdadeiros heróis. Não que eles buscassem esse heroismo. Mas pela luta, pouco reconhecida por uma sociedade hipócrita e egoista, do "ainda bem que não foi comigo", do "eles que rezem" e outras jumemtices do gênero. É durissimo conviver com a ausência definitiva de uma pessoa amada. Mas é de uma grandeza indimensionável lutar por sua memória, não com sentimento de vingança, mas de justiça. A justiça dos vivos, aquela a que todos os mortais estão sujeitos, embora alguns pareçam inatingíveis.TODO o apoio a esses pais, mães, irmãos e demais familiares seria o mínimo que a cidade deveria prestar. Não essa omissão e descaso que, desde a época do fato, ficou evidenciado, a começar pelo poder público, do mais insignificante vereador até a mais alta autoridade do Brasil. Ou pensam que tapinha nas costas, "elenco de medidas" divulgadas com pompa, porém inóquas com o passar do tempo, seriam suficientes? O brabo é que, na aldeia, muitos politicos que viraram as costas e se acovardaram diante dos fatos, já, com a maior cara de pau, que, aliás, lhes é peculiar, já se articulam para novos vôos. Felizmente, os familiares são de fibra e, com certeza, não descansarão enquanto a justiça não for feita.É de direito.

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