Observatório. Eleição 2008, uma explicação para a demagogia. Ou você achava o quê?!
Aqui, tempo agora é de
moções e projetos em
que a demagogia impera
Observatório já falou, incontáveis vezes, sobre as dificuldades que alguns vereadores terão para renovar seu mandato popular em 2008. Menos, provavelmente, pelo que fizeram e muito mais pela percepção renovadora do eleitor. E também pela excelente safra (é o que já se nota) de novos concorrentes.
Afora a soberba própria de uns e outros, há aqueles que, sim, já se deram conta do que vêm por aí. E se mostram particularmente inquietos, sequiosos de mostrar serviço para alguns segmentos que, imaginam, possam significar votos nas urnas.
Não é outra a razão (além, claro, do interesse social sempre demonstrado pelos edis) para o verdadeiro enxame de propostas que toma conta da ordem do dia da Câmara, garantindo espaço generoso na mídia. Nunca antes tantas moções de congratulações, por exemplo, foram apreciadas pelo Parlamento. São dezenas, entre meados de março e abril – filão descoberto por um vereador e, rapidinho, seguido por outros.
Também pertencem a essa categoria projetos obviamente demagógicos sem qualquer interesse público, supostamente favorecendo segmentos bem específicos. Exemplos? Tentar restringir o investimento externo, para proteger o empresariado local; ou ampliando a possibilidade de venda de lanches rápidos até às 7 da manhã. Esquecendo, claro, dos moradores que não terão sossego e que, em muuuito maior numero, também votam.
Mais um? A gratuidade para dirigentes comunitários, nos ônibus urbanos – não percebendo que a conta, que traz benefícios para cento e poucos, será paga por mais de 80 mil usuários.
Tudo isso pensando em 2008, claro. Pensando mal, aliás. Mas isso já é outra história.
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