Economia

CONJUNTURA. Daniel Coronel, Dilma e os desafios macroeconômicos que ela precisa, e pode, enfrentar

“…Como forma de atenuar os efeitos desta crise, o Governo Brasileiro utilizou-se, diga-se de passagem acertadamente, de várias políticas de cunho keynesiano com o objetivo de estancar os efeitos de tais crises. No entanto, o governo deixou de lado várias questões importantes, as quais podem ser denominadas reformas pró-competitividade, tais como: reforma trabalhista, tributária, melhoria das condições de infraestrutura e logística, política cambial consistente, aumento da produtividade e redução das taxas de juros.

A ausência dessas reformas, somada a um pseudodesenvolvimentismo – ou keynesianismo vulgar – e a elevados casos de corrupção corroboraram para a situação econômica tão desfavorável e para a baixa aprovação do atual governo da presidente Dilma…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra de “Desafios macroeconômicos”, artigo de Daniel Arruda Coronel. Ele é Professor Adjunto do Departamento de Ciências Administrativas da UFSM, Doutor em Economia Aplicada da UFSM e Diretor da Editora da UFSM.

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2 Comentários

  1. O nobre articulista disse tudo. E o Brando não me deixou nada para falar. Ah…sou contra o PT. Mas concordo com eles.

  2. Há quem diga que a inflação dos 60 foi causada pelo desenvolvimentismo de JK. O mesmo que mandou o FMI pastar, aumentou a dívida interna (dinheiro tinha que vir de algum lugar), a dívida externa em 240% e, por causa da indústria automobilística, deixou as ferrovias de lado para priorizar rodovias.
    Militares baixaram a inflação e começaram a pedir mais dinheiro emprestado. Não contavam com as crises do petróleo (guerra do Yom Kippur e revolução iraniana) na década de 70 que fizeram as taxas de juro disparar. Deu no que deu.
    Abertura desordenada da economia dos 90 foi canetaço do Collor, quem anda de Ferrari acha que os carros nacionais são carroças. Até tem uma certa razão.
    Dificilmente um grupo de economistas do mesmo nível que fez o plano Real se reunirá de novo. Efeagá descobriu que na prática a teoria é outra. Privatizou a CVRD com o minério de ferro a vinte e poucos dólares a tonelada. Em 2005 estava a quase 60. Chegou a 120. Este ano esteve em 40, mas já está perto de 60 de novo (petróleo está pelos 50 e poucos).
    Crise do subprime atingiu o Brasil indiretamente, China não tinha para quem vender, parou de comprar commodities.
    As políticas anticíclicas eram para ter durado menos, só que a reeleição não aconteceria. As reformas eram para ter sido feitas no governo Lula. Ninguém faz reforma no meio de uma crise. Efeagá era para ter feito as mesmas reformas, mas com crise russa e crise asiática, perdeu a iniciativa, virou bombeiro.
    Das reformas citadas (não bem reformas), política cambial e redução da taxa de juros ocorreram. Seguraram o câmbio para segurar a inflação (calendário eleitoral de novo) e a taxa de juros baixou meio que na marra (aqui foi erro de diagnóstico, parecido com o que ocorreu no setor elétrico; alás, erro de diagnóstico é o que não falta).
    Bravatas não acabaram. Basta ver os reclames na mídia a respeito do plano de logística de 200 bilhões. Crianças com a cara suja de merenda. Um ajuste fiscal que parece ficar no meio do caminho.
    Existe um rearranjo economico global. Planeta está mais instável. Grandes multinacionais estão colocando generais aposentados nas diretorias. Algum motivo existe.

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