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ELEIÇÕES 2016. Oposição municipal reviverá, em SM, via PSDB e PT, a histórica disputa Direita x Esquerda

Fabiano, Pimenta e Valdeci. Dos três, só o do meio com certeza não será candidato
Fabiano, Pimenta e Valdeci. Dos três, só o do meio com certeza não será candidato

Não se trata, necessariamente, de uma opção. Virou imposição pragmática. Inclusive porque os governistas, como você leu em nota PUBLICADA aqui na semana passada, estão indefinidos e sem uma coordenação que garanta, por enquanto, chapa única. E também porque há a possibilidade clara, expressa na legislação, de haver um segundo turno – se ninguém fizer 50% mais um dos votos válidos, na etapa inicial do pleito.

Talvez seja melhor explicar.

Observando o cenário de hoje, e considerando apenas os partidos efetivamente relevantes (do ponto de vista eleitoral), com alguma chance de eleger o prefeito, há cinco agremiações pontificando. No lado governista, um PMDB sem candidato visível, um PP ostentando o vice-prefeito José Farret querendo concorrer e o PDT com um nome, Marcelo Bisogno, determinado a se candidatar.

Pozzobom representará, ideologicamente, o ponto de vista conservador. Mas, e o vice, quem será?
Pozzobom representará, ideologicamente, o ponto de vista conservador. Mas, e o vice, quem será?

Já a oposição, objeto dessa análise, é concentrada no PSDB e no PT, eventualmente protagonistas também na política nacional. E é exatamente aí que ocorre o fenômeno: pela primeira vez em muuuuito tempo, é iminente que se reviva a histórica disputa ideológica entre Direita e Esquerda.

É verdade que, como se sabe, num pleito municipal, o que conta é a cidade, não o Estado, menos ainda o País. O eleitor quer saber de suas demandas próximas, e não das querelas que norteiam a disputa política geograficamente mais ampla. Ainda assim, quem sabe pela coincidência proposta pela conjuntura, vão se digladiar, pelo lado oposicionista, agremiações bem caracterizadas ideologicamente.

O PSDB de um lado, que quer porque quer assumir o poder na comuna, o que lhe seria inédito, na condição de protagonista (sim, na primeira vitória de Cezar Schirmer, os tucanos estavam com ele, na campanha e no governo), não pode correr o risco de se aliar a outro partido próximo. Qualquer que fosse, seria alinhado ao governo – justamente o que a agremiação não quer, pois perderia automaticamente o conveniente discurso de oposição.

De outro lado, o PT. O petismo está sedento por revanche política, retomando o poder municipal. E, como nunca antes talvez, se encontra unido em torno de suas principais lideranças, o que lhe dá consistência imperceptível nos últimos oito anos. E vai pela Esquerda, sem qualquer aliança no primeiro turno.

Portanto, há muito de pragmatismo nessa virtual decisão de tucanos e petistas. Mas também decorre de uma visão (o que é bom para a política) de que é melhor perder com as próprias ideias (conservadoras ou mais progressistas, conforme o caso), do que ganhar com alianças que vão lhe impor condições alheias ao próprio pensamento.

Num eventual segundo turno, obviamente, haverá concessões a ser feitas, tanto num quanto noutro campo. Mas, e aí sim, será em condição diferente. Afinal, apoio não é aliança, necessariamente. Mas essa já é outra conversa, a ser tratada oportunamente.

E OS NOMES?

Por ora, fiquemos com isso e, claro, com os nomes. Nesse aspecto, o PSDB tem um drama a resolver, por mais otimismo que procurem demonstrar seus dirigentes. A confirmar-se a chapa tucana na sua íntegra, e embora, internamente, haja convicção de que o presidente Alexandre Lima pode de novo concorrer como vice de Jorge Pozzobom, a ideia é ampliar o espectro de apoiadores.

Nesse caso, prospecta-se o “mercado” para atrair alguém capaz de somar, de agregar, de ir além do próprio tucanato sem que as ideias centrais sejam atingidas. Não é impossível. Mas também não é tarefa fácil. Terá que ser cumprida até o final de setembro, prazo máximo para filiação dos que pretendam concorrer em 2016.

Já no PT a situação é mais mansa. Aliás, no encontro havido na sabatina, os petistas já DECIDIRAM: até o final deste mês, o partido terá definido quem será a cabeça da chapa, com a chancela, inclusive (e com dedicado apoio), da corrente majoritária na agremiação, e que é liderada pelo deputado federal Paulo Pimenta.

A dúvida (para quem está de fora, claro, pois é improvável que os dirigentes ainda não tenham feito o acordo necessário) é se o deputado estadual Valdeci Oliveira liderará a chapa, buscando um terceiro mandato de prefeito, ou o ex-secretário de Justiça, Fabiano Pereira, será o protagonista. O que “sobrar” será vice. Provavelmente. Mas não necessariamente.

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2 Comentários

  1. @brando"
    "Primeiro porque os tucanos não são propriamente direita"
    Correto, são isto sim de, "extrema direita."
    Haja visto que sua convenção ao invés de trazer propostas, seu presidente reeleito(tucanos da comuna??), volta a falar em (golpe em andamento) impicthimen.
    A contagem dos votos deve ter dado um"Tilt"em seus neurônios.

  2. Piada. Primeiro porque os tucanos não são propriamente direita. E os petistas não são esquerda. Direita é o DEM (por exemplo) e esquerda é o PSOL (idem). Petistas gostam de rotular os tucanos de direita porque é a única coisa que conseguem fazer, simplificar o mundo para caber na cabecinha da militância. Enquanto isto, estão(avam) abraçados com Maluf, Sarney, Jader Barbalho, Romero Jucá, Collor e outros. Nem se menciona o Levy.
    A esquerda vota nos petistas porque são "da turma" e não têm candidato viável. A direita idem, acabam votando nos tucanos pelo mesmo motivo.
    A pergunta que não quer calar é se esta "polarização", este revezamento, é bom para todo o resto.

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