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KISS. Quando a promessa do ministro será cumprida e sobreviventes (e familiares) terão atenção adequada?

Aline Maia: precisou da Justiça para garantir medicamentos que (por não poder trabalhar) não tem recursos para pagar. E seriam R$ 800/mês. Quem diz que recebeu algum, até agora?
Aline Maia: precisou da Justiça para garantir medicamentos que (por não poder trabalhar) não tem recursos para pagar: R$ 800/mês. Quem diz que recebeu algum, até agora?

O número pode ser impreciso. Aliás, é. Mas bastante próximo da realidade, a partir de depoimentos dos próprios familiares e de quem os representa. Afora os sobreviventes, há também os a ele ligados. Aos primeiros, danos físicos e psicológicos. Aos demais, sobretudo os segundos.

Dias depois da tragédia de 27 de janeiro, há dois anos e meio, o então ministro Alexandre Padilha, da Saúde, chegou a dizer que as autoridades deveriam prestar atenção durante cinco anos, pelo menos. E… E… E… E vale conferir a excelente reportagem de Vanessa Backes, da RBS, reproduzida no G1, o portal de notícias das Organizações Globo. O material diz muito do sentimento real acerca da (falta de) atenção às vítimas da Kiss. As fotos são de Reprodução. Acompanhe:

Sobreviventes da Boate Kiss não recebem remédios para tratamento

..Já faz dois anos e meio que o incêndio na boate Kiss matou 242 jovens em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Muitos sobreviventes e parentes de vítimas ainda precisam de tratamento, só que não há remédios e as promessas das autoridades não se cumpriram.

A fumaça tóxica liberada no incêndio da Kiss fez Aline Maia desenvolver uma bronquiolite, doença que produz líquidos nos pulmões. Por causa da falta de ar e das dores no peito, ela teve que parar de trabalhar, mas precisa gastar R$ 800 por mês em medicamentos. Em janeiro, a Justiça determinou que o estado banque cinco dos nove remédios que ela precisa tomar. Até agora, a jovem não recebeu nenhum: “É complicado, tu vai lá buscar, chega lá e não tem. Volta e assim tu fica. Teve um mês que eu ia lá quase todos os dias”.

Flávio Silva: até agora, pagou tudo com recursos próprios. Mas a situação piorou bastante e...
Flávio Silva: até agora, pagou tudo com recursos próprios. Mas a situação piorou bastante e…

Como Aline, 35 pacientes continuam buscando medicamentos no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Fora aqueles que mudaram de cidade ou desistiram de tentar. Dos seis remédios necessários para quem tem problemas respiratórios, cinco estão em falta desde o início do ano.

“No verão, as pessoas não vinham muito, talvez porque não tinham sintomas de alguma questão respiratória e agora no inverno teve mais algumas demandas e o pessoal veio, mas aí não tinha io medicamento”, relata Cláudia Sala Andrade, chefe de farmácia hospitalar do HUSM.

Na época da tragédia, o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prometeu acompanhamento médico para os sobreviventes. “Nós queremos seguir essas pessoas por, pelo menos, cinco anos, para ver algum tipo de sequela pulmonar, algum tipo de dificuldades respiratória e cuidados em relação a isso”, disse na época.

Não são só os sobreviventes que ainda precisam de tratamento. Os parentes das vítimas passam por acompanhamento psicológico e dependem de remédios. “Até agora eu vinha arcando, comprando esse medicamento com recursos próprios e agora já está dificultando a coisa, não sei como a gente vai continuar”, afirma Flávio Silva, pai de uma vítima.

Por isso, os médicos do Hospital Universitário tentam incluir cinco novos medicamentos na lista dos remédios fornecidos pelo estado: dois deles para saúde mental. “Nós percebemos, com o tempo, que nós precisamos dar uma assistência mais pontual, principalmente na área de psicologia e psiquiatria. Até porque a gente não tem uma solução clara para o que aconteceu em 27 de janeiro de 2013”, explica Salvador Penteado, chefe da gestão do cuidado do hospital…”

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