Chega a impressionar. Este sítio publicou quatro notas, da noite de quinta até a madrugada de sábado. Aliás, cinco, se considerar a reprodução da coluna na versão impressa do jornal A Razão. O tema, e suas variações, foi a adesão do agora ex-petista Fabiano Pereira ao PSB de Beto Albuquerque – inclusive com direito à presença do comandante estadual da sigla.
Pois bem, na repercussão do material editorial no Feicebuqui, houve uma verdadeira “carnificina” verbal, opondo críticas e elogios à atitude do militante que trocou de partido. Algo restrito, é bom que se diga, a militantes comuns. Raros foram os que, com posição de liderança formal nas agremiações, se manifestaram. E, quando fizeram, optaram pela fidalguia possível diante das circunstâncias e, claro, por um “farplei” bastante apreciável.
No entanto, ouvindo um militante experiente, a impressão que passa é essa mesmo. Qual: marcação de posições. Tanto dos críticos quanto dos elogiosos. Agora, convenhamos, deu para perceber que o que não falta são “pitbuls”. De todos os lados.
Ou, para usar outra expressão comum à política: “anjos não existem”. Basta ler os mais de 200 comentários postados no Feicebuqui e aqui mesmo no sítio para perceber.
O Fabiano não ouviu o conselho do tocaio: FOI AFOITO!
Quando alguém tiver o interesse de resgatar a história política do PT da boca do monte, talvez relembre que Fabiano Pereira começou efetivamente sua carreira política na assessoria do então vereador Vilmar Galvão. Pouco antes da eleição do ano 2 mil, Fabiano desvinculou-se do gabinete de Galvão, e com o apoio de Valdeci Oliveira foi candidato a vereador, elegendo-se e soterrando, naquele momento, Vilmar Galvão.
Fabiano continuou recebendo todo o apoio de Valdeci e se elegeu deputado estadual em 2002. Começou a cair em desgraça quando ousou admitir concorrer no lugar de Valdeci a prefeito no pleito de 2004.
Fabiano se deu mal mesmo foi a partir de 2010, quando passou a disputar espaço com Paulo Pimenta.
Independente dos erros políticos de Fabiano, ele disputava espaço e sofreu no PT aquilo que ele mesmo ajudou a fazer contra antigos companheiros: puxada de tapete.
Ninguém é santinho nesse guerra política de bastidores.
Discordo sobre suposta elegância das lideranças petistas em relação à saída de Fabiano: a declaração do dep. Valdeci para A Razão no final de semana não foi das mais amenas ao dizer que Fabiano (agora no PSB) foi para a base do Sartori. Afinal, quem está salvando o PT em Brasília? Renan Calheiros, Sarney e cia, então quem tem autoridade para dar pedrada no PMDB?