Mais tarde, pode apostar, você terá amplo material sobre essa sexta-feira que tem tudo para ser histórica, no Rio Grande do Sul. Embora não tenha sido inédita (a medida já foi tomada, por exemplo, pela ex-governadora Yeda Crusius, em 2007), as circunstâncias peculiares que a envolvem tornam este 31 de julho um dia diferente: todas as classes do funcionalismo estadual se manifestam com força contra o parcelamento de salários anunciado oficialmente pelo Governo do Estado, no final da manhã.
Agora, no final da tarde, um punhado de entidades que representam a totalidade das empresas comerciais e do setor de serviços, entre outras, de Santa Maria, se reuniu e emitiu uma nota a respeito da decisão que, sim, afeta ao conjunto da sociedade gaúcha e da comuna. Confira, a seguir, a íntegra:
“POSICIONAMENTO SOBRE O PARCELAMENTO DOS SALÁRIOS DO FUNCIONALISMO ESTADUAL
O Sindilojas Região Centro provocou uma reunião de emergência com as entidades CACISM, Secovi Centro Gaúcho, Ahturr, CDL Santa Maria, Royal Plaza Shopping, Sindigêneros e Sindicato dos Comerciários, com o intuito de discutir as repercussões do parcelamento dos salários dos funcionários públicos estaduais e a possibilidade de paralisação da segurança pública do Estado.
Diante da crise instalada, as Entidades se solidarizam com o funcionalismo Estadual e sugerem à população e aos empresários que tenham compreensão e bom senso com as pessoas atingidas pelo parcelamento, o qual trará dificuldades às suas famílias. Sendo que, o fracionamento dos salários dos servidores compromete todos os setores econômicos, inclusive reduz de forma direta a arrecadação dos impostos. Importante ressaltar, que quanto mais os setores produtivos se manterem fechados, mais comprometerá a instabilidade do emprego e consequentemente da economia, prejudicando o desenvolvimento local e regional.
Neste momento de dificuldade financeira do Estado e problemas de pagamentos dos salários, é compreensível a situação e as Entidades repudiam a atitude do governo Estadual em punir com parcelamento os salários somente dos funcionários públicos que prestam serviços para a sociedade. Dessa forma, as Entidades consideram justo o protesto e as reivindicações dos atingidos pelo parcelamento, porém rejeita o aproveitamento político partidário e as tentativas de criar instabilidade através de ameaças, boicotes e greves.”
Quase todos os membros das "forças vivas" ajudaram a dar um cheque em branco para um sujeito sem programa, sem capacidade e sem noção. Só não digo "bem feito" por pena dos funcionários públicos.