CIDADE. Bruno Seligman de Menezes, a ocupação democrática do espaço público e a segurança pública
“…Recentemente, duas medidas surgiram, sem o envolvimento do poder público que merecem ser louvadas. A primeira delas, absolutamente afirmada, é o Brique da Vila Belga, que tem cumprido com a missão de trazer o cidadão para a rua. Caminhadas, compras, alimentação, cultura, tudo ao ar livre e de forma democrática. A outra é o Projeto Rota Viva, que propõe intervenções culturais em espaços públicos variados de nossa cidade, de forma itinerante.
O caminho é difícil. Grandes cidades têm buscando uma sustentabilidade socioambiental, caminhando na contramão de uma urbanização irracional e voraz, como as ciclovias da cidade de São Paulo, ou o pedágio para circulação de veículos em áreas centrais de Londres, e todas sofrem resistência de um segmento considerável da população. O rompimento é difícil e traumático, e…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “O espaço público e a segurança pública”, de Bruno Seligman de Menezes. Ele é Advogado Criminalista e Professor Universitário de Direito Penal, Processo Penal e Criminologia (FADISMA e AMF). O texto foi postado há instantes, na seção “Artigos”!
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto (do Brique da Vila Belga) que ilustra esta nota é de Rodrigo Souza/Divulgação
O individualismo é discutível e os sintomas citados também. Trânsito está atravancado por causa de uma decisão política equivocada. Foi incentivado o consumo de automóveis em detrimento da melhoria dos transportes coletivos. O uso individual não é de hoje e só quem já participou de um "carpool" sabe das inconveniências desta prática. Inúmeros são os atrasos e não raro alguém fica a pé. A conta de telefone aumenta. Sem falar nas idiossincrasias que têm de ser aturadas durante a convivência forçada.
Condomínios fechados não são de hoje, sejam verticais, horizontais, loteamentos, etc. Nada têm a ver com "individualismo", caso contrário não seriam condomínios (alás, estão virando "pesque-não pague" de bandidos, mas isto é outra história).
Trata-se de uma maneira politicamente correta de reavivar o sentido primevo da palavra "idiota", o cidadão que se recusava a participar da vida pública.
Quem acredita em "processo civilizatório" poderia dizer que o mesmo sofreu um recuo por diversos motivos, dentre eles a falência do Estado.
A degradação do ambiente público gera a desertificação, basta ver o final da Avenida Rio Branco. Teoria das janelas quebradas "in reverso" misturada com "o povo unido jamais será vencido" não serve nem como tese acadêmica.
Urbanismo não é minha praia, não arrisco comentários. Não corro o risco de escrever imbecilidades e ser lido por um(a) arquiteto(a). Há que se respeitar a arte dos outros.
Brique da Vila Belga é um achado e merece todos os elogios. Só um detalhe: prova que a cidade é atrasada, não cosmopolita. Brique da Redenção é da década de 70. Feira do Largo da Ordem em Curitiba é mais antigo, maior e melhor que o evento de POA.
Ciclovias de SP veremos qual sobrevivem. Medidas de cima para baixo tendem a não perdurar.
Pedágio em Londres acabou reduzindo o tráfego em 10% somente, apesar do impacto inicial de 25%. Pedágio em Bombinhas-SC deu mais o que falar.
Projeto Rota Viva melhor não comentar, cada um gasta o tempo como melhor lhe apetece.
Retorno a um paradigma coletivo perdido no passado é para rir, a mais pura expressão do Sebastianismo.