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GreNal, aula de administração – por Carlos Costabeber

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Apaixonado por futebol e pela ciência da Administração, vi no último Grenal, além da espetacular vitória do meu time, uma verdadeira aula de gestão. De um lado, um Presidente experiente e que levantou muitas taças; de outro, um político que nunca comandou nada no esporte. Estou citando o Vitório Piffero do Inter, e o Romildo Bolzan Jr. do Grêmio.

Eleitos, cada um abraçou situações completamente opostas. De um lado o Inter com um elenco de grandes craques, e disputando a Libertadores da América. De outro, o Grêmio endividado, e com um elenco que não ambicionava novas conquistas.

Os primeiros passos de ambos foram óbvios: o Inter se reforçando, e o Grêmio deixando claro que a prioridade era colocar em ordem as finanças. E o primeiro embate naturalmente favoreceu os colorados, que conquistaram sem dificuldades o campeonato gaúcho.

Mas ambos começaram tomando decisões equivocadas: o Piffero (1) criando uma confusão para a escolha do técnico, e acabando por escolher um profissional que foi demitido pouco depois, e (2) contratando a peso de ouro jogadores com currículo de vencedores. Já o Bolzan, pressionado por Fábio Koff,  trouxe o técnico Felipão, que havia fracassado no Copa do Mundo. E quase errou novamente, ao tentar contratar o então treinador do Vasco.

Na metade do ano é que começaram a aparecer as diferenças na maneira de conduzir um time de futebol. Enquanto Píffero colhia maus resultados e arrebentava os cofres do Inter, Romildo Bolzan “acertava na mosca” com a contratação do Roger, um técnico jovem, sem experiência em clube grande, mas que fora um atleta exemplar em toda sua vida no Grêmio.

Disso tudo, pode-se concluir que à frente dos dois clubes gaúchos, existem lideres completamente diferentes no estilo de comandar. Vejo no colorado uma certa soberba, centralização nas decisões, e certeza de que a sua experiência de sucesso permitem “fazer o que bem entender”. Jogou uma fortuna pelo ralo, e colheu a humilhante derrota de 5 a 0.

Já Romildo Bolzan seguiu em direção oposta, ciente da missão de salvar o seu Grêmio através de uma gestão austera; sabendo o custo de nada alcançar em termos de conquistas em 2015. Por isso ele está dando uma aula de administração, que teve como prova mais cabal, a vitória no Grenal, seguida de outra sobre o Atlético Mineiro em pleno Mineirão.

Claro que ainda é muito cedo para julgar quem será o melhor dirigente. Mas por enquanto, quem está dando uma verdadeira aula de administração é o Presidente gremista.

OBSERVAÇÃO: a foto que você vê aqui é de Divulgação, da Assessoria de Imprensa da GFPA.

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