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KISS. A eterna luta dos sobreviventes para conseguir os medicamentos. E que foram, por sinal, prometidos

Na reunião da Câmara, como em todas as outras, explicações são o que não faltam. Mas...
Na reunião da Câmara, como em todas as outras, explicações são o que não faltam. Mas…

O que não falta é reunião. Também sobram audiências públicas. Para tratar dos mais variados assuntos, inclusive esse: a falta de medicamentos para os sobreviventes da tragédia de 27 de janeiro. A pergunta é: quando, afinal, a situação será resolvida? Quando?

Enquanto isso, mais um encontro (e que não se diga faltar boa vontade das pessoas, que isso há de sobra) sobre o tema, desta vez na Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, nesta terça-feira. O relato é da assessoria de imprensa do Legislativo, com texto e foto de Karohelen Dias. Acompanhe:

Na manhã desta terça-feira (25), a Comissão de Saúde reuniu-se com representantes da saúde de Santa Maria e região. Participaram da reunião a 4ª Coordenadoria de Saúde do Estado, secretaria de Saúde do município, Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Ministério Público Estadual e Federal, Grupo Acolhe, Conselho Municipal de Saúde, Associação dos Familiares de Vitimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).

O encontro aconteceu devido à solicitação feita pelo presidente da AVTSM, Sergio da Silva, sobre a falta de medicação aos sobreviventes da tragédia da Boate Kiss. O presidente da Comissão, Manoel Badke, intermediou a conversa e ressaltou a importância de esclarecimentos públicos às vítimas, que devem ter seus direitos garantidos, especialmente no recebimento de medicamentos para a realização do tratamento.

A representante da Farmácia do HUSM, Claudia Sala, informou sobre a rotina de requisição dos medicamentos e como são retirados na farmácia, ressaltou que a maior dificuldade acontece no protocolo de cada paciente, que não é identificado de forma correta. “As dificuldades estão nas petições de encaminhamento feitas pelo protocolo de atendimento, pois, muitas vezes, eles não informam que o paciente é um sobrevivente da Boate Kiss e isso acaba atrasando ainda mais o serviço. Este paciente é um paciente especial e precisa de um atendimento diferente,” ressaltou Claudia.

O presidente da AVTSM, Sergio da Silva, informou que são, aproximadamente, 75 cidades envolvidas e que não há um controle sobre a quantidade de pessoas que necessitariam do tratamento. “Na associação, temos o controle apenas das vítimas e familiares que procuram o tratamento e que nos solicitam os medicamentos”. No entanto, este também é um problema encontrado nos outros serviços de saúde. No HUSM, são tratados 464 pacientes, 278 na pneumologia e 65 na psiquiatria, os demais estão fazendo fisioterapia ou não precisam de medicamentos. “Temos o controle apenas das vítimas que nos procuram, muitas não seguem o tratamento. Mensalmente, 30% dos pacientes não comparecem às consultas, e, por isso, temos que ligar novamente e remarcá-las”. A grande dificuldade encontrada por todo o grupo é a falta de aproximação com todas as vitimas, já que muitas não moram mais no município, ou tiveram seus endereços trocados e os telefones perdidos.

O presidente da Comissão solicitou que seja criada uma rede conjunta com o cruzamento das informações de todos os grupos de auxílio, e que um protocolo seja enviado para a defensoria pública solicitando que conste nos documentos a identificação dos pacientes como vítimas da boate Kiss.

A próxima reunião está agendada para o dia 23 de setembro no Legislativo”.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI .

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Um Comentário

  1. nem o ministério público federal muito menos o ministério público estadual se deram o trabalho de participarem deste evento parece que um assunto de grande importância para a população de Santa Maria não atraiu os defensores da sociedade! será que vai ser preciso morrer mais 243 pessoas para chamar a atenção dos ilustres promotores de JUSTIÇA?

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