Você sabe o que é a Agenda 2020? Bueno, trata-se de um movimento, criado há cerca de 10 anos e patrocinado pelas principais entidades empresariais do Estado. Pensa o Rio Grande do ponto de vista liberal/conservador, sem levar muito em consideração, num primeiro momento ao menos, o que seria importante para toooda a população.
O editor não tem condições de afirmar se o “Projeto 2030” é exatamente um contraponto. No entanto, pode-se concluir, facilmente, que é diferente. Trata-se de algo surgido a partir dos municípios (e não de entidades empresariais) e pensa também o futuro do Rio Grande, para os próximos 15 anos.
Uma boa oportunidade para saber exatamente o que isso significa é, quem sabe, o debate que acontecerá aqui mesmo em Santa Maria na terça-feira, 3 da tarde, no auditório do Centro Administrativo Municipal. Quem coordena o projeto é o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, e quem o idealizou e dá suporte é a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs).
Para saber mais disso tudo, e conferir a agenda que inclui a boca do monte, acompanhe material distribuído pela entidade. O texto é de Taís Dal Ri, da assessoria de comunicação da Prefeitura de Canoas, com foto do arquivo do sítio. A seguir:
“Famurs promove debates sobre o futuro do Estado…
…Realizar um ciclo de debates, reflexões e análises de prefeitos municipais, técnicos e pesquisadores sobre as perspectivas do Rio Grande do Sul. Essa é a proposta do RS 2030, projeto da Famurs, que está debatendo ideias para apresentar propostas que possam levar o Estado e os municípios ao crescimento, ao fomento na qualidade de vida e ao protagonismo do cenário nacional. A iniciativa foi lançada em 3 de setembro, durante Assembleia Geral da entidade na Expointer. O objetivo é abranger todos os 497 municípios gaúchos por meio das 27 associações regionais. Desenvolvimento, infraestrutura, cultura, cidadania, finanças e gestão pública, estão entre os temas que serão trabalhados a partir da primeira quinzena do mês de outubro.
Para o coordenador do projeto e prefeito de Canoas, Jairo Jorge, a Famurs possui credibilidade para liderar a discussão sobre o futuro do Estado. Segundo ele, “somente uma entidade que tem a pluralidade na sua gênese, pode conduzir o debate, congregar e mobilizar a sociedade e demais instituições”. Jairo Jorge ressalta que o impacto das decisões futuras recairá sobre as cidades. “É fundamental discutir, apontar e criar consenso em torno de políticas públicas que possam elevar alavancar e projetar o RS”, diz.
O presidente da Famurs e Prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, explica que, além de debater propostas para retomada do desenvolvimento do Estado, serão realizadas oficinas com especialistas para levantamento de prioridades. “Neste projeto, o passado e o presente não estarão postos em discussão. Todas as reflexões serão sobre o futuro do nosso Estado”, ressalta o dirigente.
A proposta é que sejam realizados quatro ciclos de trabalho. Nos dois primeiros ocorrerão debates e seminários regionais, para agregar a participação de mais municípios. Os outros dois ciclos serão dedicados à sistematização e a síntese das propostas e ideias apresentadas. A partir desta sistematização serão apresentadas as conclusões em um seminário sobre o Rio Grande do Sul de 2030. Haverá o lançamento de uma publicação com o registro das contribuições, bem como das principais propostas de cada uma das 27 regiões.
Santa Maria e Rosário do Sul recebem o projeto RS 2030
Na próxima terça-feira, dia 22 de setembro, o Projeto RS2030 estará em Rosário do Sul, a partir das 9h, no Teatro Municipal João Pessoa, e em Santa Maria, às 15h, no Salão de Atos da Prefeitura, para ouvir as opiniões e projetos para os próximos 15 anos. Além dos gestores municipais da região, serão ouvidos os COREDES, as universidades e entidades representativas. “Não temos propostas prontas, iremos construir juntos, um mosaico de ideias, que represente a aspiração coletiva da sociedade gaúcha”, reforçou Jairo Jorge.
As duas primeiras cidades a receber o debate da Famurs foram Bagé e Santa Cruz, com média de 80 representantes que contribuíram com ideias para o futuro do Rio Grande do Sul.
Confira os municípios dos encontros temáticos
8/9 – Bagé – (Realizado)
15/9 – Santa Cruz do Sul – (Realizado)
22/9 – Rosário do Sul e Santa Maria
29/9 – Frederico Westphalen e Passo Fundo
06/10 – Caxias do Sul e Taquara
13/10 – Santo Ângelo e Cruz Alta
20/10 Pelotas”
Quem disse que é contraponto, ou um conflito em relação ao trabalho anterior, ou contrária ao trabalho feito por empresários? Pesquisei sobre o assunto e não vejo conflito algum, nem há no projeto qualquer referência negativa a projetos anteriores. Acho que estão vendo "chifre em cabeça de cavalo"…achando discórdia onde essa não existe.
De fato ambas as agendas tem cara de blá blá blá. Planos que nunca sairão do papel.
Brando, o "nós contra eles" é tão batido quanto pão e circo, táticas básicas para usar nos leigos mas que funcionam. Agenda 2020 é baseada em planejamento estratégico e indicadores infestada de ideologia distorcida do que representa ser liberal assim como orar pela manhã e ser um bárbaro no resto do dia, acreditando ser uma pessoa de bem. Agenda 2030 é outro blá blá blá. Se fossem sérias e pragmáticas qualquer uma seria boa, 20 ou 30! Mas neste solo pouco o é! É saudável sair do antagonismo, são redutos quando não se tem vontade de entender, dialética é recomendável. Ideologia ultrapassada não existe, sim se tem ética ou boa propaganda.
Gastando uns 5 minutos no buscador dá para perceber que Jairo Jorge é coordenador geral. Na coordenação existem prefeitos do PMDB, PDT, PSDB, PSB, etc.
Contraponto é simplificação que a esquerda usa porque só consegue enxergar o mundo na base "nós contra eles".
Agenda 2020 é baseada em planejamento estratégico e indicadores. O fato de ser patrocinada por empresários não vem o caso, a FAMURS tira dinheiro de onde? Entre os conselheiros da Agenda existem diversos profissionais liberais e professores universitários, gente com competência, coisa que não vem com votos e discurso populista.
Liberalismo e conservadorismo (não são a mesma coisa) são filosofias políticas válidas. Tentam desqualificar as correntes usando os Bolsonaro da vida, pegam a exceção e transformam em regra.
Importante para "tooda" a população? As pessoas têm que trabalhar para ganhar a vida, produzir. Não é possivel todo mundo virar funcionário público, viver de produzir texto ou fazendo reuniões. População não precisa ser tutelada por "pastores" de uma ideologia ultrapassada.
O grande divisor da questão é a seguinte: em 2030 quem tem mais chance de estar no RS, os empresários, estes demônios liberais/conservadores, ou os prefeitos, políticos profissionais?