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Façanhas pirotécnicas de Sartori – por Luiz Carlos Nascimento da Rosa

Existe um ditado popular, altamente espraiado por estes infindos rincões, onde diz, acertadamente, que toda a mentira possui perna curta. Se pensarmos no importante campo da política, sem se preocupar com esta máxima, seus agentes fazendo uso da demagogia vêm perpetuando suas ideologias e seus espaços de poder.

José Ivo Sartori se elegeu governador afirmando, aos quatro ventos, que seu partido era o Rio Grande. Analisando a conjuntura política atual, depois desta descarada engambelação, podemos questionar: onde fica o tal de Rio Grande que se constituía no partido do Sartori? O Rio Grande da falta de repasse de milhões para a Saúde Pública? O Rio Grande da demissão de 166 profissionais da saúde de hospitais da nossa região central? Só a Casa de Saúde de Santa Maria teve que demitir 60 servidores em função da falta do repasse de 5 milhões por parte do governo Sartori.

Usando como metáfora o coração do PMDB, do demagogo governador, pensamos em Cazuza e sua poesia quando afirmava: “o meu partido é um coração partido”. Este é o consolo estético para quem acreditou no discurso pseudo-ingênuo do governador. O Rio Grande, como partido, é aquele de um falastrão e desrespeitoso governador que diz para professores exigirem “piso” salarial na Tumelero? Numa linguagem gauchesca podemos dizer que o tal governador faz peripécias e patacoadas para justificar e desvirtuar o seu verdadeiro projeto ideológico, que é entregar o resto do patrimônio de nosso Estado para seus amigos da iniciativa privada.

Os liberais, colegas e amigos de Sartori, educaram a população dizendo que “o trabalho dignifica o homem” e que temos que ganhar a vida “com o suor de nosso próprio rosto”. Como que meus colegas professores vão pagar seu aluguel se receberam apenas 600 Reais de seus merecidos e “suados” salários? Após ter planejado o parcelamento dos salários dos servidores da Educação, Saúde e Segurança Pública, o piadista José Ivo Sartori foi dançar com a sua primeira dama no templo do agronegócio chamado Expointer.

Enquanto o governador dançava com seus amigos latifundiários, os servidores públicos do sofrido Rio Grande se preparavam para “dançar na corda bamba”, pois sabiam que na segunda feira não teriam seus sofridos e parcos salários para pagar suas contas. Será que a mãezinha do engambelador governador, que foi usada na campanha eleitoral, não ensinou para seu garboso filho que é muito feio fazer uso da mentira para conquistar as coisas na vida? Penso que as professoras e a mãezinha do Sartori lhes ensinaram que os trabalhadores devem e merecem receber o salário de seu mês trabalhado.

A mentira tem perna curta. Em oito meses de gestão do Estado do Rio Grande, a única coisa que Sartori apresentou para o povo do calejado Rio Grande foi justificativas para sua ineficácia. A política em nosso Estado se transformou num verdadeiro “muro de lamentações”. Na esteira da lógica neoliberal, Sartori e seus amigos entendem que Educação, Saúde e Segurança pública são custos e, portanto, devem ser cortados para sobrar mais dinheiro para os capitalistas engordarem suas contas bancárias.

O Rio Grande aprendeu que o projeto do Sartori é enxugar orçamento da segurança Pública, Saúde e Educação, congelar salário e terceirizar os serviços públicos. Que estas façanhas pirotécnicas neoliberais do governador não sirvam de modelo para ninguém. Um povo educado, saudável e com boa segurança é crítico e não serve para massa de manobra e não “acredita” no bom moço falastrão que mente que seu partido é o Rio Grande.

A sociedade que queremos será formada por sujeitos educados e agentes políticos que, através do conhecimento e da cultura, saibam de seus deveres e direitos no tecido das práticas sociais que ajudam construir e consolidar. Por isso, politicamente, é sempre importante estar atento às práticas sociais, suas narrativas e as reflexões críticas sobre estas práticas. Sabiamente Friedrich Nietzsche decretou: aquilo que convence não necessariamente pressupõe ao verdadeiro; é meramente convincente!

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