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Transparência. O (bom) uso do troco público da Câmara. Já as atas não têm mesmo jeito

Não há dúvida, e esta é uma boa notícia a ser saudada: os gastos do Legislativo municipal estão sendo realizados com parcimônia. E é bom mesmo que seja assim, até para que os edis se acostumem aos tempos que virão, mais dia, menos dia, em que outros sete colegas a eles se juntarão – mesmo que apenas na próxima Legislatura.

 

É até possível questionar a qualidade de alguns gastos – e este sítio ainda não entendeu muito bem por que o Legislativo acabou pagando por informação que a mídia tradicional seria obrigada a dar, mas enfim, como já escrevi, o pessoal precisa “faturar”. No entanto, um daqueles que sempre foi grande nó dos dirigentes legislativos, as diárias dos parlamentares, aparentemente está sob controle.

 

Segundo o balancete do mês de abril, já disponível no sítio da Câmara na internet, é possível perceber, por exemplo, que cumprido um terço do ano, só foram gastos, pelos vereadores, cerca de R$ 2.600 dos R$ 70 mil previstos no orçamento. E, no mês passado, foram apenas R$ 86 (no chute claudemiriano, deve ser a meia diária gasta pelo Presidente para convidar os palestrantes da Semana do parlamento, realizada há 10 dias). Que continue assim, é o desejo do contribuinte.

 

Em compensação, há uma péssima notícia a ser oferecida: o registro histórico das sessões plenárias, que acontece através das atas, está pra lá de atrasado. E não tem explicação que sirva, embora algumas fontes do Legislativo até se esforcem para oferecê-las. O fato é que, até uma boa justificativa, o que há é a mais (im)pura leniência. E a história haverá de cobrar isso.

 

Lembro de já ter chamado a atenção para o fato. E, certamente não por isso, mas em meados de março foram colocadas várias delas na página da Câmara. E ficou nisso, embora as ”explicações” que recebi e noticiei, lá no longínquo 6 de abril. O fato é que a última ata (até a noite desta segunda) publicada é a de… 19 de março, há doooois meses. Cá entre nós, e no popular, não tem cabimento. De lá para cá, foram nada menos que 15 sessões plenárias. Que coisa! Que coisa! Que coisa!

 

 

EM TEMPO: essas observações que faço aqui só são possíveis porque, e isso deve ser enaltecido, existe transparência na divulgação dos atos da Câmara de Vereadores. Algo implantado há pelo menos uma meia dúzia de anos. Transparência, acrescente-se, muuuito maior do que na Prefeitura – embora a esperança de que o prefeito Cezar Schirmer cumpra promessa feita (e aqui registrada) de implantar o diário oficial eletrônico, com toooodos os atos da administração.

 

 

PARA LER A ÍNTEGRA DO BALANCETE DE ABRIL, E TAMBÉM DOS MESES ANTERIORES, CLIQUE AQUI.

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