PARTIDOS. Discurso de Schirmer implode a inevitável divisão e o bate-chapa no PMDB. Gehm é Presidente
Uma chapa montada na noite de segunda-feira, em uma reunião que teve como articuladores os integrantes da bancada do partido na Câmara de Vereadores, parecia ser de consenso. E assim foi noticiada, inclusive por este sítio, com EXCLUSIVIDADE, na madrugada passada. O presidente do PMDB era Cezar Gehm, com a concordância de todos.
Bem, não foi exatamente o que se viu na noite desta terça, na reunião do Diretório Municipal, no Clube Comercial. Viu-se, antes mesmo de o encontro começar, que haveria bate-chapa. Houve discordâncias nítidas do setor feminino, da área comunitária e de um ex-presidente e ex-vereador, Cláudio Rosa. Que, isso ficou claro, inclusive na manifestação dele, confrontaria a escolha anterior e disputaria, no voto, a presidência peemedebista.
Além de Rosa, não esconderam o descontentamento, a presidente da Juventude do PMDB, Fernanda Chagas (colocada inicialmente como suplente), Gardel Silveira e Jonas Ferreira, ambos do movimento comunitário. Fernanda e Jonas, além de Rosa, pediram “questão de ordem”. Parecia que o bafafá da convenção de sábado poderia retornar. E voltaria, o editor (único jornalista presente ao ato) ousa afirmar.
E por que não aconteceu? Pela intervenção direta do prefeito Cezar Schirmer. No meio do plenário, assinando papeis da prefeitura mas ouvido atento, pediu a palavra. Quem a negaria?
Durante 15 minutos, Schirmer contou sua própria história na liderança do PMDB, inclusive do Rio Grande do Sul, apelou à unidade, lembrou a necessidade de coesão partidária, enfatizou a necessidade de um partido unido inclusive na eleição para a Câmara (talvez até mais importante que para a Prefeitura), lembrou que o conflito existente “é artificial” e reconheceu que a Executiva não é a que ele próprio queria, mas que era a “possível”. Pediu que os descontentes não levassem adiante sua pretensão.
Funcionou. Os ânimos se desarmaram, os reclamantes não deixaram de colocar suas queixas, mas abriram mão da briga, Fernanda Chagas foi contemplada com outra função (a de adjunta do secretário geral Tubias Calil), Jonas recebeu uma posição de suplente e, enfim, Cezar Gehm e o restante da chapa foram aclamados.
Acabou a divisão? De jeito nenhum. Ela é latente. E exigirá uma grande dose de articulações, para que o PMDB chegue unido à convenção de junho de 2016. Por exemplo: foi abortado, alegando-se questões regimentais, até mesmo o fechamento de questão em torno da aliança com José Farret, do PP, com o PMDB oferecendo o nome de vice. Se houvesse posição única, isso aconteceria, à margem de regimentos. Como aconteceu com a inclusão, não prevista, de mais um suplente, para acomodar a divergência.
Foi, enfim, a decisão possível, com os grupos representados na Executiva. O próximo embate? Talvez nem demore tanto. Mas, com certeza, haverá muito choro e ranger de dentes, até que se chegue a uma maioria capaz de determinar a união PMDB/PP, como quer o prefeito Cezar Schirmer, secundado por seus aliados.
NOVA EXECUTIVA.
Confira os nomes eleitos pelo PMDB, para um mandato de dois anos:
Presidente: Cezar Gehm
1º Vice: Antonio Carlos de Lemos
2º vice: Robson Zinn
Secretário Geral: Tubias Calil
Secretária Adjunta: Fernanda Chagas
Tesoureira: Magali Marques da Rocha
Líder da Bancada: João Kaus
1º vogal: Fátima Schirmer
2º vogal: Marta Zanella
Suplentes: João Carlos Maciel, Claudio Rosa, Jonas Ferreira, Carmem Pacheco e Almir Carvalho Lopes.
Conselho Fiscal – Titulares: Luiz Cordenuzzi, Aldo Fossá, Antonio Padilha, Sonia Hoer, Carlos Evanói Vieira. Suplentes: Luiz Alberto Flores, Lenir Pires da Rosa, Gardel Silveira, Maria Elena Varela, Adelar Vargas.
EM TEMPO: chamou a atenção, no encontro, o discurso incisivo de Claudio Rosa, vereador cassado pela Justiça e que… Bem, isso é assunto para outra nota. Que o editor fará, oportunamente.
E aquele papo "não falar mal da política e dos políticos; ao invés disto, entrar num partido e dar sua contribuição"? Será se funciona?
Cézares. Um ventríloquo e o outro o boneco. Com essa nominata de peso e a forma como as coisas são "negociadas", o que essa turma mereceria , mesmo , era uns 50 Kilos de dinamite . Vão se afumentar…
Enquanto isto a ElaÉHellen andando nas ruas de Santa Maria reclamando do Sartori. Ficou 4 anos sem se preocupar com o piso nacional dos professores.
César Gehm?
Maciel suplente?
interessante.
Inocente para PMDB.