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POLÍTICA. O que podem oferecer e o que defendem, enfim, os dois mais recentes partidos criados no Brasil

Marina Silva e Rodrigo Constantino tiveram seus partidos aprovados pelo TSE, ideologias à parte
Marina e Constantino tiveram seus partidos aprovados pelo TSE, ideologias à parte

Se fosse para ser suscinto, com todos os riscos que isso implica, é possível definir com absoluta clareza como são recebidos, no meio politico, os dois partidos que alcançaram, nos últimos dias, a condição legal de participar de eleiçõs no Brasil.

O primeiro a sair, das deliberações do Tribunal Superior Eleitoral, foi o Partido Novo. Ele, por sua concepção, seus dirigentes e suas ideias, ninguém duvida: é a agremiação de “Direita” por excelência. Não é nem Estado Mínimo o que defende, mas a própria ausência dele em setores mesmo os fundamentais. Ainda que, contraditoriamente, defenda a continuidade do Bolsa Família. A única concessão, talvez, de uma sigla que tem como ideológo um notório defensor do conservadorismo de Direita, Rodrigo Constantino.

Já o segundo, o Rede Sustentabilidade, este ninguém ousa imaginar algo diferente: é o Partido da Marina Silva. Assim é entendido, inclusive pelas estrelas que a ele achegam, como o deputado Alessandro Molon, do PT do Rio de Janeiro, e o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá. Eles e outros devem aderir ao Rede e defender.. bem.. e defender..

Vamos fazer o seguinte: vale mesmo conferir o material a respeito de ambos, publicado pelo jornal eletrônico Sul21, em reportagem de Eduardo Mareti, da Rede Brasil Atual (RBA). As fotos são de Geraldo Magela/Agência Senado (Marina) e Divulgação (Partido Novo). A seguir:

Partido Novo assume eleitorado de direita e Rede, de Marina, é a 34ª legenda no país

…A principal estratégia de marketing do Novo é se mostrar diferente de “tudo o que está aí”. Por isso não tem, em seus quadros, políticos de trajetória conhecida ou experiência em política partidária. Mas a ideologia da legenda não tem nada de novo. O Novo é uma espécie de PSDB radicalizado e sem pudores de assumir suas posições. É saudado, por exemplo, pelo economista Rodrigo Constantino, colunista da revista Veja, presidente do Instituto Liberal e autor de livros com títulos sugestivos, como Economia do Indivíduo, Liberal com orgulho e Privatize Já.

“Os leitores que me acompanham há mais tempo sabem de minha ligação ‘umbilical’ com o Partido Novo”, escreveu Constantino em seu blog. “TSE aprova pedido e nasce ‘mais um’ partido no Brasil, mas o primeiro realmente liberal”, destaca ele no texto. Segundo o blogueiro Arthur Abdala, os movimentos direitistas Estudantes pela Liberdade (EPL) e Movimento Brasil Livre (MBL) têm por trás o Instituto Liberal.

Antes de obter o registro, a legenda já foi objeto de matéria da revista inglesa The Economist, em fevereiro. Segundo a publicação, o partido representa um nicho “estreito” da sociedade que defende “mercados livres, um Estado mínimo, impostos baixos e liberdades individuais”. Seu presidente é o banqueiro João Dionísio Amoedo, que justifica, em entrevistas, a criação do partido para defender essas bandeiras de Estado menor e menos intervencionista e maior participação dos indivíduos na sociedade. Obviamente, os integrantes do Novo são contrários a direitos sociais e coletivos como CLT, políticas de cotas, Bolsa Família…

Rede com raízes

Já a Rede dispensa apresentações. Apesar de recém-registrada, tem raízes políticas relativamente sólidas. Sob a liderança de Marina Silva, nome consolidado eleitoralmente no país e capaz de receber cerca de 20 milhões de votos em cada uma das duas últimas eleições presidenciais, em 2010 e 2014, finalmente seguirá caminho próprio. Em 2010, Marina concorreu à presidência ainda pelo PV, e quatro anos depois a Rede se abrigou no PSB de Eduardo Campos, morto em agosto de 2014, dois meses antes do pleito.

Para Maria do Socorro, a estratégia da Rede de Marina é tentar ocupar um espaço à esquerda e centro-esquerda, aberto com a atual crise de representação que afeta todos os partidos. “Existe um espaço a ocupar à esquerda. Esse espaço, PSTU e Psol não conseguiram ocupar, não conseguiram a envergadura de um PT quando o partido de Lula começou a crescer nos anos 1990….”

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4 Comentários

  1. Freud morreu em 1939 e a psicanálise não ficou parada de lá para cá. Também surgiu um negócio chamado "neurociência", que evoluiu bastante na última década.
    Pobres nunca faltarão no Brasil pura e simplesmente porque no dia em que isto acontecesse muitos políticos "defensores" dos mesmos teriam que trabalhar para ganhar a vida.
    Muito boa a história do "banqueiro da bolha de plástico" que em 1990 não sabia que havia pobres em SP. Jardins é bairro nobre, Marta Suplicy tinha (ou tem) casa por lá. Paulo Maluf é outro morador famoso, parece que a foto que ele tirou abraçando Luis Inácio foi feita lá.

  2. Eu lembro há uns 25 anos o que um amigo meu falou sobre um diretor de um Banco em uma conversa entre eles e quando esse meu amigo sobre os pobres das ruas de São Paulo. O banqueiro mostrou incredulidade e perguntou: "tem pobre em São Paulo ? o meu amigo não entendeu no momento, mas o banqueiro falava serio. Entende-se que da Av Paulista até os Jardins e vice versa é um caminho bonito. Os interesses de noticias são outros e assim por adiante… É é fácil falar em ensinar a pescar e não dar os peixes para quem tem tudo. A distância abismal entre as camadas da sociedade são proporcionais a distancia de teóricos e ignorantes do que isso significa. Seria bom que alguns deles passassem uma semana vivendo com o mínimo. Nem tanto mar nem tanta terra. Que não se dê o peixe a todos mas que se dê aos que precisam, aos que podem melhorar suas condições de sobrevivencia. É fácil falar em países onde a riqueza é mais bem distribuida e é difícil ver o que acontece onde essa distancia ainda é maior como em paises pobres da Africa.

  3. PSTU era uma corrente do PT chamada Convergência Socialista. PSOL surgiu com a expulsão de integrantes do PT devido a dissidências.
    Editor, como já ficou óbvio, critica todos os partidos menos um. E usa um viés noticioso contrário a todos os governos, menos os do mesmo partido. Problema nenhum nisto, direito dele. Nunca se viu um "Tarso Fernando errou", um "Lula errou", "Dilma errou". Simples.

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