Um dos convênios tem a ver com o pagamento de salário dos servidores. O outro é o apoio da instituição a um grupo privado. No primeiro caso, o argumento dos que contestam tem muito a ver com a ideia de que a instituição é pública e não deveria atuar com bancos privados. Mas há muito bons (e legais) argumentos no sentido contrário.
Já o segundo tem bastante a ver com a função da mídia. Afinal, por que privilegiar um grande grupo de mídia se ele teria a “obrigação” de fazer a cobertura do fato? Bueno, também aqui há controvérsia. Tanto que será, como o outro, reanalisado pelo Conselho Universitário, provavelmente no final deste mês.
Sobre as duas questões, ouvindo as partes, há bom material na página da Seção Sindical dos Docentes na internet. A reportagem é de Fritz R. Nunes, com foto Multiweb. A seguir:
“Convênios com setor privado geram polêmica na UFSM…
… Na reunião do Conselho Universitário (Consu) da sexta, 28 de agosto, dois pontos da pauta tratando de convênios com o setor privado geraram debate e polêmica. Nos dois casos – um convênio com o banco Bradesco e outro com a RBS -, houve o ‘pedido de vista’ e o tema deve voltar à pauta na próxima reunião, prevista para a última sexta do mês de setembro.
Em relação ao convênio com o banco, a conselheira Helenise Sangoi Antunes, diretora do Centro de Educação, ponderou que aprová-lo abriria espaço para que outras instituições privadas também acessassem a instituição e isso representaria um risco no momento em que o próprio governo federal pretende leiloar a folha de pagamento dos servidores federais.
Durante o debate houve o esclarecimento da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), que foi quem encaminhou o pedido, de que o convênio com o banco referido existia desde 2003, e permite que 49 servidores da UFSM recebam através dele. O que estaria ocorrendo agora é apenas o pedido de renovação desse convênio.
O reitor Paulo Burmann informou ainda que outros bancos já possuem esse tipo de convênio, entre eles o Itaú, o Santander, o Banco do Brasil, a Caixa Federal e o Banrisul e acrescentou que era necessário pensar que existem servidores (docentes e técnicos) em outros estados e cidades, onde muitas vezes não se têm todas as opções bancárias…
… UFSM e RBS
O outro convênio que gerou polêmica na reunião do Conselho Universitário do dia 28 de agosto foi a proposta encaminhada pelo Núcleo de Inovação e Tecnologia (NIT), através do qual seria selada a execução de um projeto em parceria entre a UFSM e a RBS TV.
A contrariedade ao convênio foi exposta pela conselheira Helenise Antunes. Para a diretora do CE, não haveria necessidade do convênio, que implica em repasse de recursos para a empresa de comunicação, pois segundo ela, “é obrigação da RBS fazer a cobertura do evento”, referindo-se ao 2º Salão da Inovação e do Empreendedorismo.
O diretor do CT, professor Luciano Schuch, argumentou que o convênio era importante, pois a RBS estava entrando como parceira não apenas na divulgação, mas que também custearia parte dos recursos necessários para a promoção do evento. Diante do impasse, o processo teve o ‘pedido de vista’ efetuado pelo professor e conselheiro, Ronaldo Morales.”
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Me lembra a Velhinha de Taubaté, que acreditava que as visitas da rebeésse às praças, quermesses, feiras e demais e-ventos dos rincões gaúchos, elogiando prefeitos, eram "de grátis".
Até parece que o tesouro do rei Creso está enterrado na UFSM e existe um bando de piratas querendo saquear a instituição.
Leiloar a folha de pagamento dos servidores como, existe portabilidade. Resolução 3424 do Conselho Monetário Nacional. Trabalhador da iniciativa privada tem o mesmo direito, vão retirar dos servidores da UFSM?
RBS não é obrigada a cobrir o evento, nem a Rede Brasil (que provavelmente não cobrirá, muito local para ser relevante). Pelo jeito ela dá uma graninha e quer alguma coisa em troca, só fazer o dinheiro entrar num lado e sair da conta no outro não faz sentido.
Se a defesa da rbs constar como "parceira" é porque está custeando recursos, então porque repassar recursos a esta? É trocar seis por meia dúzia? Creio que o caso é trocar seis por uma dúzia mesmo! Como um lendário político dizia ""Interésses". Neste caso e como de praxe duvido ser no interesse da coisa pública. Isso vc não vê na TV.