Reforma política. Câmara limpa pauta. E agora é só votar. O clima é de incerteza
Pelo que pude ler, ver e ouvir nesses últimos dias, ninguém tem condições objetivas de prever o que será vitorioso na votação da reforma política em discussão na Câmara dos Deputados. O primeiro item a ser definido pelos parlamentares é, também, o mais polêmico: a votação em lista fechada, nos pleitos proporcionais.
O fato é que, isso sim é possível afirmar, o tema será votado. Quanto mais não seja porque, nesta terça-feira, nada menos que quatro sessões, das quais três extraordinárias, aconteceram para limpar a pauta, trancada por Medidas Provisórias e projeto de lei em regime de urgência.
Agora, é votar. Mas, o quê? Aparentemente, o relator da proposta, o goiano Ronaldo Caiado, do DEM, estaria se convencendo da impossibilidade de aprovar a lista fechada pura. E já admitia, como alternativa, apoiar a emenda substitutiva a ser subscrita por PT, PMDB, DEM, PC do B e PSB, que sugere a lista flexível, com a eleição de metade dos vereadores, deputados estaduais e federais pela lista a ser apresentada pelo partido, e o outro tanto de candidatos constantes da lista mas escolhidos diretamente pelo eleitor.
Não há garantia alguma de aprovação. Nem de rejeição. De ambos os casos. E pouco se acredita que tenha alguma influência, exceto quem sabe na retórica contrária, a pesquisa divulgada pelo instituto Sensus, em que três quartos da população seria contrária às listas. Inclusive porque, e isso é rigorosamente verdadeiro, falta muita informação ao eleitor, bastante acostumado a votar no sujeito, e não na agremiação.
E é exatamente por isso que se pretende a mudança – para fortalecer o todo, não o indivíduo. Inclusive porque, aí, o embate se dará em torno das idéias. E não das pessoas. Mas, imagina-se, se houver votação mesmo nesta quarta-feira, antes das badaladas da meia noite, se saberá.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem Maioria é contra financiamento público de Campanha, de Eduardo Militão, publicada no Congresso em Foco.
Para conhecer a posição dos deputados federais santa-marienses Cezar Schirmer e Paulo Pimenta, clique aqui e leia nota a respeito, que publiquei no início da madrugada desta terça-feira.
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