
O Rede Sustentabilidade, até aqui conhecido muito mais por ser “o partido da Marina”, está em crescimento acelerado. Já tem uma bancada de cinco deputados federais (leia mais, abaixo) e um representante no Senado. Há deputados estaduais se achegando e vereadores também. Todos os que se filiarem nos primeiros 30 dias (e já se passaram 10) serão considerados “fundadores”. O que, no caso dos que detêm mandato, é fundamental para não perder a cadeira que ocupam.

Mas uma questão se impõe. Afinal, que tipo de pensamento une tanta gente de pelos os mais diversos? Suspeita-se que seja apenas uma espécie de “válvula de escape” para políticos descontentes, ou, mesmo, de interessados em concorrer no próximo ano e que estão sem espaço no partido de origem. Unidade ideológica? Bueno, se o exemplo de Santa Maria vale, aqui não há – pelo menos em relação aos mais notórios novatos no Rede.
Ou alguém acredita que o ex-presidente do PSOL, Tiago Aires, que surpreendeu com a notícia de sua adesão na semana passada, tem alguma coisa a ver com Jorge Trindade, o Jorjão, do PT, que também se mandou para o partido de Marina? Nem com muito boa vontade se consegue acreditar que os dois tenham alguma coisa em comum, politicamente falando.

Então, o que vai ser? Bueno, em algum momento, que não deve demorar (afinal, o partido precisa se constituir, formar diretório, eleger executiva, e etc) se saberá. Enquanto isso, fiquemos com a informação nacional. Que é boa para o Rede. Pelo menos em termos de número. O material é do jornal eletrônico GGN, publicado no portal do jornalista Luis Nassif, com informações do portal da Rede Sustentabilidade. As fotos são de Divulgação e de Gabriel Haesbaert/A Razão (Aires). A seguir:
“Em menos de 10 dias, Rede forma bancada de cinco deputados federais
Desde que foi registrada oficialmente pelo Tribunal Superior Eleitoral, há menos de duas semanas, a Rede Sustentabilidade de Marina Silva, ex-presidenciável do PSB, conseguiu angariar o apoio formal de um senador e cinco deputados federais, “todos conhecidos nacionalmente pela sua forte atuação no Legislativo”, destacou o site do 34º partido brasileiro.
Com cinco parlamentares na Câmara, a legenda ganhou a “prerrogativa de bancada”, o que garante direito dos membros à tribuna e participação em comissões. Até o momento, os deputados que formam a bancada da Rede são Miro Teixeira, Alessandro Molon, Aliel Machado, Eliziane Gama e João Derly. No Senado, a Rede é representada pelo senador Randolfe Rodrigues.
“Além desse valioso grupo, a Rede ganha mais reforços nos estados e na capital federal, com a chegada de outros quatro deputados, dos quais três são distritais no DF: Chico Leite, Cláudio Abrantes e Luzia de Paula. Além deles, o deputado estadual Luiz Castro (AM) também compõe o quadro de parlamentares do partido.”
A legenda também já filiou sete vereadores. Compõem essa lista Jefferson Moura, Heloisa Helena, Evaldo Stanislau, Lelo Pagani, Jorge Bernardi, Flávio Vicente e Glória Menegotto;
“A lista dos 19 políticos que exercem funções públicas se completa com dois ocupantes de cargos no Executivo. São eles o prefeito de Serra (ES), Audifax Barcelos, e o vice-prefeito de Macaé (RJ), Danilo Funke Leme.”
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Ninho de mafagafos…
Partidos, na acepção acadêmica da palavra, nunca existiram no país. Partido Republicano Paulista e Partido Republicano Riograndense tinham interesses diferentes. PSOL era uma "corrente" do PT, que tem muitas outras. Alás, o referido partido tem no mínimo duas "frentes" internas, duas coligações de "correntes".
Segundo aspecto é que ninguém é obrigado a nascer e morrer com a mesma ideologia. Exemplos abundam. Carlos Lacerda era do Partidão, como quase toda a família dele.
Partidos deveriam ter lideranças, no entanto tem caciques e o processo democrático interno é muito precário para não dizer inexistente.
Um dos grandes problemas do Brasil é que a noção de distância entre o ideal e o possível foi perdida.
Belo saco de gatos.
Claudemir:
A Mini Reforma eleitoral alterou o prazo para filiação partidária para os candidatos e esta pode ocorrer até 06 meses antes do Pleito e os detentores de mandato que querem mudar de partido tem a Janela de 30 dias no sétimo mês que antecede o pleito.