Artigos

“América Nazi” – por Carlos Costabeber

carlinhosUm tema que sempre atiçou a minha curiosidade é sobre a fuga de criminosos nazistas para a América Latina, especialmente para a Argentina no final da 2ª. Guerra. Tenho encontrado nas livrarias de Buenos Aires farta bibliografia sobre o assunto, como o livro “América Nazi”, que acabo de ler, de autoria dos pesquisadores Jorge Camarasa e Carlos Basso Prieto.

No Brasil esse é um assunto praticamente desconhecido, mesmo tendo o país recebido criminosos importantes, como Franz Stangl, ex-comandante dos campos de exterminio de Sorbibor e Treblinka na Polônia,  e que trabalhou numa fábrica alemã em SP; e o médico Joseph Mengele, conhecido como o “Anjo da Morte de Auschwitz”, que morreu afogado na praia de Bertioga (1979).

Aliás, um capitulo à parte sobre Mengele se passou em Cândido Godoi, cidade gaúcha colonizada por alemães. Ali ocorreu um fenômeno incrível na década de 60, pois 20% dos moradores nasceram gêmeos univitelinos, loiros e de olhos azuis. Segundo os autores, Mengele visitava a cidade, e teria colocado em prática seus experimentos para a geração de mais crianças arianas para o “Fuhrer”. Não sei, mas a média de gêmeos no mundo é de 5% dos partos, enquanto em Cândido Godoy foi de 20%.

Mas dentro dessa gigantesca migração para a América Latina, o Vaticano e os serviços de inteligência dos EUA e da Inglaterra tiveram um papel fundamental. O objetivo era proteger os alemães com grande experiência na guerra contra os soviéticos, pois eles seriam valiosos no combate à nova ameaça do comunismo.

Nessas leituras, voltei a encontrar uma figura chave: o bispo austríaco Alois Hudal. No livro “Os Judeus do Papa”, ele é citado como responsável pelo salvamento de muitos judeus. Mas agora, em “América Nazi”, os autores afirmam ser ele o mentor da “Rede Romana”, responsável pela fuga secreta de cinco mil chefes nazistas (como Adolf  Eichmann, um dos responsáveis pela morte de milhões de judeus, e que viveu na Argentina de 1950 a 1960, quando foi sequestrado e executado em Israel).

Toda essa estratégia para salvar fugitivos alemães e seus cúmplices só foi possível pela atitude do Presidente Juan Domingo Perón; um caudilho populista que sempre simpatizou com o nazismo, e que transformou a Argentina no centro da “América Nazi”. Ali se abrigaram outros criminosos como o croata Ante Pavelic, lider dos Ustashas, e responsável pelo massacre de um milhão de sérvios, judeus e ciganos entre 1941-45. Peron entregou-lhe a responsabilidade por sua guarda pessoal.

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. Cheira a teoria da conspiração. Militares que fugiram para a América do Sul tinham experiência em campos de concentração, não em combater soviéticos. Iriam ajudar como escondidos por aqui?
    Os verdadeiros combatentes na sua grande maioria acabaram presos pelos russos. O resto ficou nas reduzidas forças armadas alemãs ou foram para a reserva. Outros foram para a Espanha.
    O filé dos despojos foi capturado pelos americanos na operação Paperclip. Médicos e engenheiros aeroespaciais. Os britânicos tinham uma unidade especial chefiada por Ian Fleming (o criador de James Bond) que andou catando engenheiros aeronáuticos. E os russos ficaram com a maioria das instalações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo