ECONOMIA. E se o governo pagasse uma renda básica a todo brasileiro? Acredite, o projeto existe
POR MAIQUEL ROSAURO
A Finlândia estuda pagar “salário” a todos seus habitantes. Mas o que poucos sabem é que no Brasil, desde 2004, uma lei vigora com a mesma proposta, embora ainda não tenha saído do papel. Quem está à frente do projeto é ex-senador e hoje secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy. Leia abaixo na matéria do portal da Band.
Brasil também tem projeto de renda básica
Com o apoio de 70% da população, a Finlândia pretende testar no ano de 2017 um sistema em que todos os habitantes vão receber uma espécie de salário, não importando o quanto ganhem em seus empregos e nem mesmo se de fato trabalham. Ano que vem, a Suíça realizará um referendo para consultar sua população e decidir se também testará esse conceito.
A ideia parece “boa demais para ser verdade”, mas algumas cidades que adotaram um sistema parecido acumulam resultados positivos. Já vamos a elas. Antes, é interessante lembrar que aqui no Brasil, desde 2004, vigora a lei n° 10.835/2004, de autoria do então senador, hoje secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, que institui o Renda Básica Cidadania.
Pelo programa, qualquer cidadão brasileiro – qualquer mesmo, do mais pobre até Dilma Rousseff, Silvio Santos e Pelé – receberá uma renda fixa para cobrir suas necessidades básicas de sobrevivência. Estrangeiros com mais de cinco anos no país também seriam contemplados.
O processo é gradual, iniciado pelos mais necessitados, a exemplo do que é realizado no Bolsa Família. Ao contrário do programa do Governo Lula, o Renda Básica seria menos condicionado, com recursos podendo derivar de várias fontes, como impostos, concessões de recursos naturais, loterias, entre outros.
A ideia nunca saiu completamente do papel. No momento, encontra-se em processo de regularização, estágio no qual Suplicy tenta dar andamento. “Desde junho de 2013 eu tenho escrito para que a presidente Dilma Rousseff possa me receber para conversar sobre minha proposta de regulamentação do Renda Básica, que é constituir um grupo de trabalho para estudar as próximas etapas do programa”, relatou Suplicy ao Portal da Band.
Já foram 25 cartas. Enquanto conversava com a reportagem, o secretário redigia uma nova carta, desta vez citando a iniciativa da Finlândia.
Na opinião de Suplicy, o Renda Básica é a saída, por exemplo, para a crise econômica que o Brasil atualmente se encontra. “O grande economista Philippe Van Parijs escreveu, em março de 2012, para o jornal francês Le Monde que a melhor maneira de resolver a crise europeia seria instituindo uma renda para todos europeus que, no momento em que passassem a ter acesso a esse dinheiro, teriam condições de resolver seus problemas de desemprego, acarretando em uma melhor estabilidade econômica e social”, citou.
O secretário tem o Renda Básica Cidadania como o projeto de sua vida. Até hoje, ele realiza palestras (“média de uma palestra por dia”, contou) expondo as vantagens de seu programa. “Quando termino, todos concordam e aplaudem a ideia. Tenho a convicção de que, quando bem explicada as vantagens do conceito para o povo brasileiro, a maioria será a favor.”
Não é o que enxerga a professora de economia da PUC São Paulo, Rosa Maria Marques. “Acredito que [o Renda Básica] teria uma resistência enorme da sociedade brasileira. Somente a concessão do Bolsa Família já gerou uma repulsa da classe média, por exemplo”, opina. Rosa Maria também aponta a falta de condições do país de financiar um projeto de tamanha complexidade. “Ao meu ver, o financiamento teria que partir de setores mais ricos da população, o que implica em reforma tributária, taxação de grandes fortunas, enfim, coisas que o Brasil não têm hoje.”
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@ brando
"O projeto existe e é uma viagem na maionese sem tamanho.
Finlândia pensa em estabelecer renda mínima como projeto piloto em alguns lugares. O apoio de 70% apareceu numa pesquisa de opinião e tem uma explicação bem simples: 10% de desemprego e um país indo para o buraco."
Rindo muito, rrsrsrrsrs
70 -10=60%, ou não????
Os US$ 500 ml ou Um Milhão, acesse se conseguires o P.I.B da Finlandia
O projeto existe e é uma viagem na maionese sem tamanho.
Finlândia pensa em estabelecer renda mínima como projeto piloto em alguns lugares. O apoio de 70% apareceu numa pesquisa de opinião e tem uma explicação bem simples: 10% de desemprego e um país indo para o buraco.
Caso brasileiro, no caso o Bolsa Família, já é tratado como um exemplo de renda mínima lá fora. Necessário mencionar também a faixa básica de isenção do imposto de renda.
Taxação de grandes fortunas é besteira e para quem não concorda é bom descobrir porque o ator russo Gerard Depardieu renunciou à cidadania francesa. Não foi só ele.
Aumento de carga tributária? Outro ator, Sean Connery, mora nas Bahamas. Estados Unidos tem um programa em que um investimento de 1 milhão de dólares dá direito a um visto de trabalho automaticamente. Em alguns casos, o valor pode cair para 500 mil.
Sonháticos poderiam parar de ter idéias "geniais" e tentar fazer algo produtivo.