Retrospectiva 2015 - Perspectiva 2016

ALÔ, 2016! Sem esquecer das dificuldades, esporte da cidade pode levar até três atletas à Olimpíada do Rio

Gilvan Ribeiro ainda rema atrás da vaga olímpica. É um dos santa-marienses na briga
Gilvan Ribeiro ainda rema atrás da vaga olímpica. É um dos santa-marienses na briga

Por GILSON PIBER, especial para o sítio (*)

O que esperar do esporte santa-mariense para 2016? Em primeiro lugar, como em muitas áreas, falta de dinheiro e apoio. No entanto, os mesmos projetos que tiveram êxito em 2015 vão prosperar no novo ano. Falo do Santa Maria Judô, da Associação Vôlei Futuro (AVF), da Associação Santa-mariense de Esportes Náuticos (ASENA), do basquete do Corintians, do futebol e do futsal da Sociedade Esportiva Novo Horizonte, da Associação Santa-mariense de Handebol (ASH), do Universitário Rugby, do Santa Maria Soldiers, das academias de artes marciais, entre outras várias iniciativas coletivas e individuais que enxergam, e muito bem, o esporte como elemento de transformação social. Cada dirigente, técnico e atleta sabe das dificuldades diárias de dirigir, treinar e competir. Mas a insistência em superar adversidades é um dos ingredientes na luta para forjar vencedores.

Santa Maria tem valores esportivos extraordinários, entre atletas e técnicos. Talvez ainda  falte aquele salto no quesito gestão, mas também não se pode exigir muito de quem atua como “faz-tudo” para colocar a equipe na competição. A situação é ainda mais dura para o atleta solitário, o “faz-tudo 2”, que corre atrás do apoio financeiro e treina para estar apto no dia da disputa. Agora, é preciso querer aprender e se despojar da autossuficiência do saber. A máxima do somos eternos aprendizes vale para a vida, imaginem para o esporte, onde um detalhe decide uma competição. “Inteligente é aquele que não se cansa de aprender”, já dizia o filósofo grego Sócrates.

A “Raçudinha dos Pampas” está quase lá
A “Raçudinha dos Pampas” está quase lá

Exportamos recursos humanos esportivos para o mundo, o que evidencia o talento dos nossos atletas e técnicos, bem como o trabalho de formação realizado por professores de Educação Física, mesmo diante de escolas carentes e até sucateadas de locais em boas condições e de materiais adequados para os treinamentos.

No ano olímpico de 2016, três atletas formados em Santa Maria vão tentar estar no Rio de Janeiro: a judoca Maria de Lourdes Portela e os canoístas Gilvan Ribeiro e Mariane dos Santos. Pelo ranking, Portela, a “Raçudinha dos Pampas”, está quase lá. Ribeiro e Mariane ainda remam atrás da vaga.

No futebol profissional, Santa Maria vai ser representada pelo Inter-SM e o Riograndense na Divisão de Acesso 2016. Os dois clubes têm orçamentos enxutos e entram na competição sem favoritismo. Porém, têm a obrigação de fazer uma campanha digna, indo o mais longe possível. Se chegarem ao quadrangular final, alvirrubros e periquitos passam de coadjuvantes a candidatos na luta pela única vaga – um desrespeito da FGF com os clubes do interior – para o Gauchão da Série A de 2017. Outra expectativa é pela continuidade do trabalho nas categorias de base dos dois clubes, que deu certo em 2015.

Na cidade do tênis, do futebol de mesa, da orientação, do futsal, da velocidade, do padel, dos carrinhos de rolimã, do caratê, do kung fu, da luta de braço, do MMA, do ciclismo, do enduro, do atletismo, do mountain bike, dos outros esportes de aventura, do golfe, do fisiculturismo, entre outras modalidades, a atividade esportiva não pode parar. Ao citar o nome do paratleta Denilson Souza, desportista incansável, presto uma justa homenagem a todos que acreditam e lutam pelo esporte de Santa Maria. A batalha prossegue em 2016.

 (*) Jornalista da UFSM, professor do curso de Jornalismo da Unifra e comentarista esportivo da Rádio Guarathan. Doutorando em Ciências da Comunicação pelo PPGCom da Unisinos (RS).

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