ASSEMBLEIA. Relator pede cassação de Jardel. Mas deixa claras responsabilidades (não poucas) do PSD
O deputado Marlon Santos, do PDT, anunciou no final da tarde passada seu relatório acerca do processo aberto na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, acerca do comportamento de Mário Jardel, do PSD, que é alvo de denúncias do Ministério Público.
Santos pediu a saída do deputado pessedista, por “improbidade administrativa, financiamento e associação ao tráfico”, o que, claro, configuraria quebra de decoro parlamentar. O interessante, e novo, nessa história, é o envolvimento do PSD, partido de Jardel. Que, por sinal, é pouco explorado no material midiático até agora divulgado. Sobre os pedidos de Santos e outras questões, vale conferir o material disponível na versão online do jornal Zero Hora. A reportagem é assinada por Adriana Irion e Juliano Rodrigues. A foto é de Marcos Eifler, da Agência de Notícias da Assembleia. A seguir:
“Corregedor recomenda cassação de Jardel por quebra de decoro…
…Ao se manifestar pela cassação do deputado Mário Jardel (PSD), na tarde desta terça-feira, perante a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, o corregedor da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), disse que o parlamentar é produto de um esquema que teria sido criado pelo partido antes mesmo de sua eleição.
Para Marlon, o PSD vinha sustentando contas pessoais de Jardel durante o ano de 2014 e, com a conquista do mandato, teria migrado para dentro do parlamento processos de obtenção de receita para pagamento deste tipo de despesa. O corregedor também registrou, em seu parecer, que a situação de Jardel é “uma piada”.
Marlon pediu a cassação do ex-atleta por falta de decoro parlamentar, por improbidade administrativa e por financiamento e associação ao tráfico. Sobre o comportamento de Jardel no parlamento, o corregedor descreveu:
“A conduta indecorosa em Plenário, bem como o desmazelo do Parlamentar nas comissões, certificam que seu agir é eivado de falta de lucidez plena. Resta ser usada a razão e a crítica, hoje acompanhadas pela denúncia ministerial, e fazer vir à tona aquilo que parecia, mais cedo ou mais tarde, ser inevitável, que é buscar a posição do Parlamento diante da postura de Jardel”.
O corregedor apresentou aos demais deputados da comissão a cópia de um e-mail que, na sua avaliação, reforça a suspeita de que o esquema de desvio de receitas do gabinete foi articulado pelo partido. No documento — que segundo Marlon foi enviado de um email oficial do PSD para uma empresa contratada por Jardel para cuidar de seus assuntos pessoais e, posteriormente, enviado ao próprio deputado — constaria uma planilha de despesas pessoais de Jardel e de familiares, datadas de 2014.
— É uma lista de despesas e receitas que devem ser geradas. Parece ser uma lembrança do que precisa ser pago. Mostra que vinham pagando contas e que isso migra para dentro da Assembleia — sustenta Marlon.
O corregedor registrou em seu parecer que Jardel é “mais vítima do que vilão, se notabiliza na assembleia por ser alguém sem maldade, mas propenso a influências e discrepâncias de toda a ordem…”
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esse e o mesmo partido do vereador mortari cassado em santa maria…belo historico deste PSD.