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APOSTE. Nenhum vereador se elegerá em Santa Maria apeeeenas por um bairro, credo ou profissão

Tomemos dois exemplos da eleição municipal de 2004. Um, o do vereador mais votado, no caso João Carlos Maciel (foto), do PMDB, que conquistou 6.575 votos. Outro, o do edil que mais sufrágios fez entre os petistas; Luiz Carlos Fort, com 4.083. É razoável dizer que o primeiro obteve espantoso resultado, e talvez irrepetível, a partir do trabalho realizado como apresentador de um dos programas de rádio mais ouvido pelas classes C, D e E do rádio da boca do monte. Assim como não é desmesurado dizer que a quase totalidade dos votos obtidos pelo segundo se localizou na zona norte da cidade.

 

Ora, é impossível dizer que Maciel e Fort se reelegerão. Imaginar, sim; garantir, não. No entanto, há algo que este (nem sempre) humilde repórter é capaz de apostar com toda a convicção: ninguém, mas ninguém meeeeesmo, conseguirá obter vaga na Câmara de Vereadores apostando tão somente numa corporação (como um sindicato ou um grupo religioso, para exemplificar, ou os ouvintes de uma rádio) ou numa região geográfica (como a zona norte, a chamada “zona da mata” de Fort em 2004).

 

Isso não significa, obviamente, que os concorrentes não devam ter uma base. Que pode ser um microfone ou um bairro. Mas isso será totalmente insuficiente para garantir a reeleição (no caso dos citados e de outros mais) ou um primeiro mandato. Não é por nada, não; trata-se apenas de uma questão aritmética.

 

Se o candidato fizer parte de uma das duas alianças grandonas (PMDB/PP ou PT/PR) é consensual entre os observadores que talvez até mesmo uma montanha de 3 mil votos seja insuficiente para eleger alguém. E entre as coligações menores (PPS/DEM/PSDB, PcdoB/PSB e outros, PDT e PSOL/PSTU/PCB) dificilmente obterá a vitória quem não conquistar pelo menos 2,5 mil adesões. Ora, pela profusão de concorrentes de bairros, credos, corporações em geral, é no mínimo bastante improvável, para não dizer impossível, que alguém consiga essa frota de caminhões lotadas de voto apenas num segmento.

 

É, ao menos, o que aposta este (nem sempre) humilde repórter. No caso dos dois citados, já com mandato em andamento, é claro que ambos, que não são bobos politicamente, se deram conta disso e trataram de tentar ampliar seus laços. Até pelo aumento da concorrência. Se assim não agiram, babaus.

 

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