IMPRESSA. Na coluna deste sábado, a situação de Farret e PP: entre a vontade e a danada da realidade

Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição deste sábado, 27 de fevereiro, no jornal A Razão:

Farret e o PP, entre a vontade e o mundo real

O advogado Daniel Tonetto abriu a reunião do Diretório do PP, na noite de quinta. E disse: decisão sobre o futuro jurídico de José Farret tende a sair até 31 de março. É o que pode; não há garantia. Suficiente, porém, para que os pepistas decidissem esperar.

Por conta da reunião, duas certezas convivem no bestunto claudemiriano. Uma: o PP é totalmente dependente de Farret, que poderia até encabeçar chapa “pura”, como teria sido sugerido. Outra: a escolha de vice para ele, com a condição de, na impossibilidade do líder concorrer, se transformar automaticamente em candidato a prefeito tem todo o jeito de quimera.

Assim, parece difícil que a comissão nomeada – o presidente Luiz Gonzaga Trindade, o vice Farret e os edis Paulo Denardin, Sandra Rebelato e Sérgio Cechin – para encontrar um segundo de Farret consiga cumprir sua missão até 11 de março, a data aprazada. E se chega assim ao mundo real, bem distante da vontade, simplesmente.

MAIS CANDIDATOS A…

Há reunião pública. E há bastidores. Assim é que, no encontro do PP, anteontem à noite, sobressaiu o discurso ufanista. E, se alguém chegasse ali oriundo de Marte, acreditaria: sim, os pepistas vão escolher até 11 de março um candidato a vice de Farret. Se este for impedido pela Justiça, vira candidato a prefeito.

…VICE DE UM OUTRO

Pooois é. Mas sabem-se escassas as esperanças da elegibilidade de Farret. Isso torna difícil escolher vice que pode virar titular. Não há quem queira concorrer a prefeito, numa campanha para a qual inexiste troco e as chances de vitória seriam ralas. Melhor, mesmo, e aí sobram interessados, é ser vice de alguém de outro partido.

ENQUANTO ISSO, OS…

Para além do discurso público PMDB (o PSB está quieto), há convicção de que a dobradinha dificilmente deixará de sair. É o entendimento, inclusive, dos líderes das agremiações adversárias da aliança iminente. São exatamente as representações que se colocam com clareza na oposição. No caso, tucanos e petistas.

…OUTROS OBSERVAM

Há preocupação evidente diante da propalada união do lado governista. Não se peça a dirigentes de PT e PSDB que se manifestem publicamente. Estão todos observando. Mas admitem, intramuros, que se trata, talvez, da pior coligação possível contra Valdeci Oliveira e Jorge Pozzobom. Tanto que pretendem contra-atacar. Só não se sabe como.