Saúde

SAÚDE. Pronto Socorro do Husm está superlotado

POR MAIQUEL ROSAURO

Um cenário que lembra um hospital em tempos de guerra. É assim que está o Pronto Socorro do Husm, com pacientes pelos corredores. Confira na matéria de Fabrício Minussi (texto e foto), do jornal A Razão:

Pacientes tomam conta dos corredores do Husm

Enfermos disputam espaços em macas nos corredores do HUSM
Enfermos disputam espaços em macas nos corredores

A direção do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) convocou a imprensa na manhã desta quinta-feira para denunciar o quadro de superlotação do Pronto Socorro (PS) da instituição. Todos os 23 leitos do PS estão ocupados e até o meio-dia, pelo menos 44 pacientes que aguardavam cirurgia ou transferência para leitos de retaguarda (recuperação) disputavam espaço nos corredores do nosocômio. O cenário da instituição que é referência na região para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em média e alta complexidades lembra mais um hospital de guerra.

“O lavoureiro Artemis Moro, de 50 anos, é de São Pedro do Sul. Ele sofreu um acidente de motocicleta, fez cirurgia na perna direita para a colocação de pinos. Ele deu entrada no OS do Husm ainda na semana passada, pois estava sentindo dores. Foi atendido, mas aguarda desde a última sexta-feira, em uma maca, um eito de retaguarda.

“É chato a gente ter que se submeter a uma situação dessas”, afirmou Artemis, enquanto comia uma melancia e buscava uma posição mais confortável para amenizar a dor. Assim como o lavoureiro, dezenas de outros pacientes, amparados por familiares, aguardam por cirurgia ou por uma vaga na recuperação.

“É desolador e desumano a gente ter que enfrentar essa situação, sabendo que a tem um parente que está sofrendo. Estamos abandonados”, declarou uma jovem, que pediu para não ser identificada. Ela acompanha a mãe com um quadro de saúde bastante debilitado.

O chefe da Divisão de Gestão de Cuidados do Husm, Salvador Penteado, disse que o Husm sempre esteve lotado. “Mas a situação agora chegou ao limite. Estamos pedindo socorro. Não tem mais como receber pacientes. Não foi por falta de aviso. Estamos abrindo as portas para mostrar à população como estamos trabalhando. Estamos pedindo socorro”, comentou Salvador, que estava acompanhado do chefe da Divisão de Apoio e Diagnóstico Terapêutico, Sílvio Ribeiro; da enfermeira chefe do PS, Rosângela Machado; e do gerente Administrativo do Husm, João Batista Vasconcelo.

MOTIVOS DA SUPERLOTAÇÃO
Segundo Sílvio Ribeiro, a superlotação decorre da regulação feita pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que está enviando para o Husm toda a demanda reprimida da região. “Hoje, por exemplo, estamos recebendo pacientes que recebiam atendi mento em hospitais de Faxinal do Soturno, São Pedro do Sul e da própria Casa de Saúde (HCS) de Santa Maria. Esses hospitais passaram a não realizar mais alguns procedimentos e tudo está estourando no Husm”, explicou.

A RESPOSTA DA 4ª CRS
O delegado da 4ª CRS, Moacir da Rosa Alves, lembra que o Husm é o único hospital referência SUS para atendimento na região. Segundo ele o problema enfrentado pelo Universitário é com relação aos leitos de retaguarda para desafogar o PS. “Estamos entre hoje e amanhã recebendo uma resposta da Casa de Saúde, que teve seu contrato de prestação de serviços renovado com o Estado, para que possa retomar os atendimentos na área de traumatologia, entre outras”, explicou. Segundo Moacir, existem 999 leitos SUS contratualizados na região. “Já estamos identificando quais os leitos efetivamente necessários e onde eles estão disponíveis para equacionar essa questão e fazer a distribuição de forma a atender à demanda reprimida verificada no Husm”, explicou.

REUNIÃO NA SEGUNDA
Na próxima segunda-feira deve acontecer uma reunião entre a 4ª CRS e representantes do Husm e das instituições das região que tiveram contratos de prestação de serviços renovados. Segundo Moacir, não está descartada a possibilidade da presença, no encontro, do diretor do Diretoria de Hospitais da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Alexandre Brito. “Já renovamos contratos para atendimento SUS em municípios como Agudo Cacequi, Jaguari, São Vicente do Sul, São Francisco de Assis, Ivorá, Nova Palma e Santiago. Com esse cenário podemos redimensionar o atendimento, garantindo um fluxo que desafogue o Husm e qualifique o atendimento”, concluiu Moacir.

CLIQUE AQUI e leia a matéria original.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo