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Tucanos terão, meeesmo, Pozzobom candidato?

Certa vez, em conversa com este editor, o vereador Jorge Pozzobom rechaçou a possibilidade de concorrer a deputado – fosse a estadual ou federal. E explicava ter os pés no chão, com muita preocupação em consolidar-se como advogado que é, afinal de contas, a sua profissão. Também deixou claro, também, é preciso que se diga, que não estava fechando permanentemente a porta para vôos mais altos. A questão era o momento. Apenas isso.

Há pelo menos dois meses, porém, surgiram os primeiros indícios segundo os quais o vereador de mais de 5 mil votos em 2004, pelo PSDB, estaria disposto a antecipar a decolagem e poderia, sim, ser candidato em 2006. Agora, a partir da entrevista concedida à repórter Elisa Pereira, que o jornal A Razão está publicando em sua edição de final de semana, a hipótese parece se confirmar. Ainda há um mês, ou mais, pela frente, até que aconteça a convenção tucana no Estado. Mas a pergunta do título deste texto tem tudo para ser respondida com a palavra símbolo das afirmativas: Sim.

O que pode ter determinado essa mudança de opinião? Simples: uma boa dobradinha, inclusive com garantia de financiamento de campanha (que não será barata, com certeza) advinda dos apoiadores do candidato a deputado estadual, Marchezan Júnior. É uma luta meio inglória a de Pozzobom. Vaio fortalecer e oferecer seu prestígio pessoal e político ao parceiro de chapa. E certamente não terá a contrapartida em outros municípios que não sejam, eventualmente, os da região central.

No entanto, pode obter uma votação consagradora (deve ser essa a aposta) em Santa Maria, o que o credenciará a vitórias futuras.

Não custa lembrar, aqui, palavras creditadas ao veterano político, de muitas vitórias (e também várias derrotas), Alceu Collares: “há momentos em que é preciso disputar, mesmo que não vença. Só assim será possível criar as condições para a vitória, no momento certo”. É impossível saber se Pozzobom conhece a citação, mas é muito provável que tenha pensado nela, ao aceitar concorrer a deputado federal numa situação muito complicada. Boa sorte, é o que o editor deste site deseja (a ele e a todos quantos representam Santa Maria em ‘1º de outubro).

Leia, a seguir, o texto publicado por A Razão:

“Candidatura de Pozzobom só depende do PSDB

Se depender de Jorge Pozzobom , o vereador santa-mariense já é candidato à deputado federal pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). É o que afirmou o parlamentar para o Jornal A Razão na tarde desta sexta-feira. “Estou apenas aguardando a posição do partido. Já coloquei meu nome à disposição”, revela Pozzobom.

O vereador não esconde que a opção de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados está relacionada com a definição de Nelson Marchesan Jr por se candidatar à deputado estadual. “A amizade da minha família com a família do Nelson Marchesan é muito forte. Tem uma história muito bonita envolvendo o Nelson. Quando meu pai se transferiu para Santa Maria, ele ajudou meu pai. Seria um orgulho poder concorrer ao lado do Nelson Marchesan Jr”, explica Pozzobom.

Jorge Pozzobom acredita que suas chances no pleito marcado para o dia 1º de outubro são boas. “Na última eleição crescemos bastante, pulei de 1300 votos para 5120. Ninguém acreditava que o PSDB pudesse eleger dois vereadores. Conseguimos mostrar para SM que temos competência. Ninguém é obrigado a concordar com tudo o que o vereador Pozzobom faz, mas sabem que há coerência no meu trabalho”, aposta.

O sentimento de Marchesan Jr em relação ao parlamentar é recíproco. “Tenho grande admiração pelo Jorge, por suas posições coerentes e por sua independência. Claro que existem questões pessoais e partidárias, mas eu gostaria de ter o Jorge ao meu lado”, revela o pré-candidato à Assembléia. “Vou auxiliar no que eu puder para que o Pozzobom seja eleito. Ficarei honrado em fazer uma dobradinha com ele em Santa Maria”, completa.

Para chegar à Brasília, o vereador também espera o apoio maciço do município. “Quando falo em Santa Maria, também estou falando na região. Se tirar os votos do Schirmer e do Pimenta, sobram 140 mil votos em Santa Maria. Não é possível que os eleitores deixem que esses votos saiam do município”, reivindica. Pozzobom não esconde que sua opção por concorrer à deputado federal também tem a ver com o grande número de postulantes à Assembléia Legislativa. “Acho que para deputado estadual a coisa é mais complicada. Em Santa Maria tem o Tubias, o Fabiano, Farret, Cechin, Estilac…”, encerra.”


EM TEMPO: Deve ter sido um ato falho, esquecimento de última hora, lapso de memória ou o que seja. Mas Pozzobom esqueceu de um dos nomes mais fortes, entre os candidatos a deputado estadual, e que terá muitos votos em Santa Maria: o pedetista Vicente Bisogno

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