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Aviso. Situação piora em março e maio. É o que diz a governadora Yeda Crusius. Que coisa!!!

Basta andar pelas ruas para perceber que pelo menos uma coisa mudou, a partir de 1º de janeiro, no que  toca à administração do Estado. Sim, desde o início do ano, aumentou a presença policial nas ruas. Um sem número de ações foi feito no sentido de garantir maior segurança para a população.

 

Se isso será permanente, é melhor esperar. Mas a governadora Yeda Crusius, em entrevista especial aos repórteres Dione Kuhn e Leandro Foutoura, e à editora de política Rosane de Oliveira, e que o jornal Zero Hora está publicando neste domingo, diz que isso é política de governo. E que, portanto, vai continuar. Amém! E ela tem até uma resposta pronta à à possibilidade de algum inocente acabar morrendo em função do trabalho intensivo das policias civil e militar: “o maior risco é o criminoso estar na rua”.

 

Então, está combinado que a segurança – cujo titular é o deputado federal pedetista Enio Bacci – melhorou. Mas, e a economia? Afinal, diz-se que as finanças públicas gaúchas estão falidas. E não há razão alguma para duvidar, aliás. Como vai ficar?

 

Aí, bem, aí o cenário definitivamente não é propriamente róseo. Pelo menos no futuro próximo. Tanto que a governadora, não se sabe se para preparar o espírito dos cidadãos ou falando para o público interno (entenda-se o restante do governo, e também a Assembléia Legislativa, o Poder Judiciário e o Ministério Público) afirma que a situação vai ficar ruim meeeesmo é em março. Ai, ai, ai, ai!

 

Confira, a seguir, a entrevista de Yeda Crusius a Zero Hora, em que ela fala todas essas coisas e ainda outras. Quem sabe você, ao final, consegue ser mais otimista do que este editor. Quem sabe…

 

“A fase aguda vai ser março e maio”

Entrevista com Yeda Crusius, governadora do estado

 

Depois de uma hora de entrevista a Zero Hora no final da tarde de quinta-feira, a governadora Yeda Crusius encerrou a conversa com uma frase em tom de desabafo.

 – Bendito chá de camomila – disse ela, levando à boca a xícara servida por um garçom do Palácio Piratini minutos antes.

Nos últimos dias, explicou a governadora, a bebida com propriedades medicinais tem ganho sua preferência por aplacar o incômodo provocado pelas aftas. As lesões são resultado dos primeiros 30 dias à frente do governo gaúcho.

Desde a posse, Yeda não parou. Para imprimir ritmo à administração, sacrificou a própria rotina. As caminhadas, raras durante a campanha, foram definitivamente abandonadas. Apesar do calor do verão, a governadora também abdicou da praia. Chegou a visitar Torres, mas sem direito a banho de mar: não saiu do encontro da Federação dos Municípios (Famurs).

– Não consigo ver o relógio. Por enquanto, não vi praia. Não vi um dia de sol neste verão – comenta Yeda. A dedicação, porém, tem provocado mais do que aftas. A governadora perdeu peso e não tem dormido bem. Os problemas normalmente despertam Yeda entre 4h e 5h: – Tenho dormido pouco porque acordo a uma certa hora pensando naquilo que não resolvi no dia anterior. Vem tudo resolvido, mas não se dorme mais.

Tanto esforço, acredita a governadora, já resultou em conquistas. Ao receber ZH em seu gabinete, depois de um dia tomado por quatro audiências, Yeda aproveitou para fazer um balanço do primeiro mês de governo. Elogiou o desempenho da Secretaria da Segurança como a área com melhores resultados até o momento e voltou a pregar a rigidez fiscal como única forma de tirar o Estado da crise financeira.

A governadora, no entanto, tem consciência de que a situação vai piorar. Ela prevê mau tempo para março e maio, quando as despesas públicas devem crescer sem receita para cobri-las. A seguir, leia os principais trechos da entrevista:

Zero Hora – Como a senhora avalia o primeiro mês de gestão?
Yeda Crusius –
A equipe do governo é muito entusiasmada. O resultado é muito melhor do que as pessoas esperariam. O núcleo sabe o rumo e foi fazendo um trabalho 24 horas por dia, decidindo as medidas de ajuste, cortando despesas e criando metas de receita.

ZH – Que área mostrou melhores resultados?
Yeda –
Na segurança, conseguimos imprimir o método que eu havia escolhido. Isso começou com a escolha do comando da Brigada Militar, fato que o secretário da Segurança, Enio Bacci, entendeu. Ele se integrou a nossa política de segurança: colocar o efetivo na rua, fazer política de prevenção do crime pela abordagem e buscar a resolução dos crimes.

ZH – Haverá dinheiro para manter esse ritmo na segurança?
Yeda –
É um ritmo para o ano todo. É um método permanente, que não implica aumento de despesas. O aumento de gastos provocado por essa técnica corresponde a uma redução de despesas em outras áreas.

ZH – Não há risco de um inocente ser atingido num confronto entre policiais e bandidos?
Yeda –
O maior risco é o criminoso estar na rua. A Brigada Militar está agindo na medida certa. Estão sendo presos foragidos e portadores de drogas e de carros roubados.

ZH – Bacci disse que poderia cortar menos de 5% do custeio da segurança. Será possível cortar os 30% desejados pelo governo em todas as secretarias?
Yeda –
Vamos ajudá-lo a ver onde cortar. A idéia de gestão não faz parte da cultura vigente. Há secretários surpreendendo-se com o que dá para cortar. Se surpreendem com o desperdício, a desorganização e os vícios em processos de trabalho. Na semana que vem, quando apresentarmos o novo desenho de governo, vai ficar claro que em determinadas secretarias existe duplicidade de funções, que implica duplicidade de cargos em comissão, salas, computadores, energia e prédios. A reorganização vai propiciar um corte gigantesco…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/.

 

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