HABITAÇÃO. Cidade convive com 90 áreas invadidas, fala a Prefeitura. ‘Caixa D’água’, na zona oeste, é uma
Na versão online de A RAZÃO, com foto de GABRIEL HAESBAERT
Moradores alegam que não têm para onde ir. Lotes urbanizados serão projetados em invasão.
As invasões de terrenos em Santa Maria continuam a ser um problema para a Prefeitura e também para quem vive nesses locais. De acordo com a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária do Município, existem cerca de 90 invasões na cidade, sendo 30 em áreas da Prefeitura. Entre as invasões, pelo menos uma delas impede os projetos de urbanização da administração municipal. Conhecida como Caixa D’água da Corsan, no Bairro Nova Santa Marta, zona oeste do município, uma invasão com cerca de 50 casas pode, a qualquer momento, ter a reintegração de posse executada. O pedido já foi deferido pelo Poder Judiciário e os moradores foram notificados a se retirar do local. Enquanto as famílias permanecem lá, o projeto da Prefeitura, dona da área, de lotes urbanizados fica emperrado na Secretaria de Habitação.
Em contrapartida, as pessoas que vivem na localidade veem, apreensivas, a possibilidade de serem despejadas de suas casas. O medo rodeia quem lá construiu residência para abrigar a família. O líder da comissão representativa dos moradores da Caixa D’água, José Leandro da Silva Vieira, ressalta que está negociando com a Prefeitura a saída e novos reposicionamentos, mas não obteve nenhum retorno concreto. Assim, a incerteza é quem convive com eles. “Temos cadastradas 45 famílias aqui. Muitas crianças estudam ali perto. Sem contar que muitas pessoas não têm para onde ir. É uma apreensão a cada dia”, destaca Vieira.
A proposta da Prefeitura prevê, de acordo com o superintendente de Habitação, Wagner Bitencourt, pelo menos 300 lotes urbanizados que podem ser disponibilizados naquela região. Mas os profissionais não conseguem realizar o levantamento e topografia da área devido às residências nos terrenos. “O projeto é fazer lotes urbanizados em que a Prefeitura disponibiliza a área e a infraestrutura básica, e os beneficiados entram com um pequeno retorno. Mas enquanto tivermos pessoas lá, não há como trabalhar nos levantamentos”, explica Bittencourt.
Segundo o superintendente, a Prefeitura tem conhecimento de 29 famílias vivendo na área, mas basta uma passagem pelo local para perceber que o número é bem maior. A atuação de grileiros – pessoas que vendem os terrenos irregularmente – seria, também, uma dificuldade de atuação no local. José Leandro Vieira reconhece que houve casos desse tipo, mas afirma que esses moradores não estão mais lá.
A orientação da pasta é que os moradores se cadastrem em programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida. Segundo Bitencourt, três mil pessoas aguardam uma unidade habitacional em Santa Maria.
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Sei lá a que zona pertence o perau. Mas desconfio que aquele monte de casinhas que nasceram assim-de uma hora prá outra- tem nome. Invasão…