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HISTÓRIA. Comissão da Verdade Paulo Lauda, da UFSM, quer documento da Abin sobre a Universidade

Por PAOLA BRUM, da Agência de Notícias da UFSM, com foto de Reprodução/Feicebuqui 

Konrad: “algumas pessoas entraram em contato para fornecer informações ou mesmo documentos relativos ao periodo”
Konrad: “algumas pessoas entraram em contato para fornecer informações ou mesmo documentos relativos ao período”

A Comissão “Paulo Devanier Lauda” de Memória e Verdade da Universidade Federal de Santa Maria realizou a primeira audiência na última sexta-feira (15). Instituída em junho de 2015, a comissão tem o objetivo de investigar possíveis casos de violação dos direitos humanos na UFSM no período de 1961 a 1988.

Segundo o atual coordenador geral, professor Diorge Konrad, a audiência foi com o professor aposentado Eduardo Rolim, readmitido nos quadros da UFSM durante a gestão do ex-reitor Gilberto Aquino Benetti (1985-1989). Rolim prestou declarações sobre casos de violações dos direitos humanos ocorridos a partir do Golpe de 1964.

A fim de aprofundar a investigação, a comissão solicitará documentos produzidos na UFSM à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Estes documentos foram enviados, durante o período ditatorial, para a sede do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), por meio da Assessoria Especial de Segurança e Informação (AESI), órgão que monitorava a instituição.

Durante o ano passado, o trabalho da Comissão da Verdade se restringiu à organização interna. A investigação iniciou com levantamento da documentação da UFSM, junto ao Departamento de Arquivo Geral (DAG), na busca do paradeiro dos documentos produzidos nesse recorte histórico.

A primeira audiência seria realizada em 2015 com Lys Lauda, filha de Paulo Devanier Lauda, professor do curso de Medicina ‘expurgado’ da UFSM na época do golpe militar.

No entanto, a audiência foi transferida para este semestre. “Ao longo desse trabalho inicial da comissão, algumas pessoas entraram em contato para se colocar à disposição no sentido de fornecer informações ou mesmo documentos relativos ao período”, conta Konrad.

Grupo conta com a colaboração de voluntários

A comissão busca voluntários que contribuam com a investigação. Cerca de dez estudantes voluntários já compõem a equipe. Além disso, a comissão pretende se reunir com a Reitoria, na próxima semana, para discutir a demanda por bolsistas, situação normal em outras comissões da verdade. “O trabalho exige paciência e tem sido ainda bastante lento haja vista que a comissão só conta com os seus componentes, todos com atividades acadêmicas e funcionais cotidianas, sem tempo para dedicação integral à comissão”, explica Konrad.

Como é formada a comissão

A Comissão da Verdade é formada por várias representações: um integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), um da Associação dos Servidores da Universidade Federal de Santa Maria (ASSUFSM) e um da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), além da representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção de Santa Maria; um representante do Conselho Universitário; representantes docentes dos Departamentos de História, de Documentação e de Direito da UFSM e; representantes discentes dos cursos de História, de Arquivologia e de Direito.

As reuniões deste ano foram retomadas na segunda semana de março, após o recesso de fevereiro, e acontecem todas as sextas-feiras na sala 209 do Prédio da Administração Central, no campus.

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