“…Um país que não respeita a Democracia que elegeu, legitimamente com 54 milhões de votos, Dilma Rousseff para a presidência, tem que se repensar.
Aliás, foi a primeira vez, por meio de uma transmissão ao vivo por televisão, que a maior parte da população se deparou com seus representantes na Câmara dos Deputados. A decepção com aqueles e aquelas que desconheciam foi transformada em vergonha nos dias que se sucedem.
Agora, muitas das pessoas que saíram às ruas pedindo o fim da corrupção, disfarçadas de preconceito contra Dilma e ódio ao PT, pela primeira vez, puderam ver quem lhes representa, numa demonstração inequívoca, protagonizada por deputadas e deputados, de não argumentos jamais vista até então. Talvez aí o único fator positivo daquele dia. Pessoas podendo conhecer quem lhes representa num espelho que milhares jamais imaginou. Tudo encenado por um deputado, investigado por diversos crimes, Presidente da Câmara, Eduardo Cunha…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “As pernas abertas do machismo”, de Luiz Alberto Cassol, colaborador eventual deste sítio. Cassol é diretor de cinema e cineclubista – ocupando hoje as funções, entre outras, de diretor da produtora Filmes de Junho, e também dirige para a Accorde Filmes. Coordena o Festival de Cinema SMVC. Foi Diretor do Instituto Estadual de Cinema e presidente da Cesma e do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros. O texto foi postado há instantes, na seção “Artigos”!
Dilma, a vítima.
Os programas sociais não foram “criados” por Lula ou pelo PT. Foram ampliados, é certo, mas já existiam. A campanha de marketing já existia, antes de Lula era o caos, Lula inventou a roda e descobriu o fogo. Na mesma toada veio a gerente competente, a “mãe do PAC”.
Dilma não aceita como mandatária do país por ser mulher? Três anos atrás tinha 65% de aprovação, 27% da população achava o governo dela regular. Naquela época não sabiam que ela era mulher?
Camara dos Deputados é o que a casa tem para oferecer. Não iria cair uma nova de Marte para votar naquele domingo.
Petistas tem uma visão distorcida da realidade, cobram dos outros uma perfeição que estão muito longe de ter porque têm uma superioridade moral auto-atribuída. Explica-se, no discurso deles o fim justifica os meios, o objetivo não se subordina à moral burguesa.
“Vamos usar o Estado como uma arma contra o capitalismo!” Discurso do ódio? Quem apostou na divisão? Na “luta de classes”? Quem “faz o diabo numa eleição”? Quem promete o que não tem competência para entregar?
O resumo da ópera é simples: 10% de inflação, país desindustrizando, dívida pública estourando, uma recessão como não se via desde a década de 30 do século passado, desemprego batendo nos 12%. Nada disto tem importância, a Comissão da Verdade compensa, é uma grande “realização”.
Não sei o que é pior, deputado com bomba de papel picado no Congresso ou o pessoal que continua na década de 70.