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SAÚDE. Mais de 200 hospitais filantrópicos do RS ameaçam suspender todos os atendimentos eletivos

Audiência pública com os hospitais lotou teatro da Assembleia Legislativa, na semana passada. E a mídia gaúcha nem se ligou
Audiência pública com os hospitais lotou teatro da Assembleia Legislativa, na semana passada. E a mídia gaúcha nem se ligou

A realidade é uma só: jornais, emissoras de rádio e televisão gaúchos (em todos os níveis, inclusive local) estão muito preocupados com a questão nacional. É um jeito de ver o jornalismo. E deve ser respeitado. No entanto, há questões graves acontecendo embaixo do nosso nariz, e que simplesmente não recebem uma linha da mídia.

Ou não é importante saber que os hospitais filantrópicos, e são 245, com 60 mil empregos, ameaçam simplesmente parar de atender, porque não recebe troco do Governo do Estado? Bueno, mas há quem fale, ainda bem, do assunto. Confira material disponível no jornal eletrônico Sul21. A foto é de  Mirian Helfenstein, da assessoria de imprensa do PTB/RS. A seguir:

Sem repasses, hospitais filantrópicos prometem paralisar atividades no dia 2 de maio

O deputado Ronaldo Santini (PTB), presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, alertou na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (19) para as dificuldades que enfrentam essas entidades. Segundo ele, que definiu a situação como “desesperadora”, no dia 2 de maio serão suspensos todos os atendimentos eletivos da rede estadual. Santini fez uma avaliação da audiência pública realizada na semana passada, quando foi levantada a questão de o Estado extinguir o co-financiamento, atrasar permanentemente repasses de recursos ordinários e não ter calendário de pagamentos destinados às instituições.

Santini leu a Carta de Socorro entregue ao Governo do Estado, na qual hospitais e Santas Casas pedem que o governo “não permita a morte do SUS, das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos”. A rede hospitalar sem fins lucrativos do Estado é constituída por 245 hospitais responsáveis por mais de 73% de toda a assistência prestada ao SUS conjuntamente com seus 65 mil trabalhadores com vínculos formais.

De acordo com Santini, o Estado “passou a ignorar e confrontar esta realidade posta e distanciou-se definitivamente das necessidades assistenciais”. Com a falta de repasses, milhares de pessoas que necessitam de atendimento são mantidas em filas virtuais de espera. Conforme o presidente da Frente, o endividamento do setor no Estado soma mais de R$ 1,4 bilhão e mais de 6 mil trabalhadores foram demitidos. No país, a dívida é de R$ 21 bilhões.

Audiência

Na quinta-feira passada (14), representantes dos hospitais e Santa Casas participaram de audiência no Teatro Dante Barone. O objetivo da mobilização “Juntos Somos Mais” foi apresentar a realidade das instituições, que vêm sofrendo cortes nos seus orçamentos e atrasos constantes nos repasses dos recursos, tanto por parte do governo federal quanto do estadual…”

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