Só em Porto Alegre, onde o movimento começou na quarta passada, são ao menos 23 estabelecimentos da rede estadual ocupados pelos estudantes. Alguns já terminaram, outros estão começando. A ação envolve alunos inclusive do interior gaúcho, entre os quais alguns aqui da região. Mas, e qual o objetivo dessa atividade, que acontece simultaneamente à greve do magistério? Mais informações você tem no material originalmente publicado no jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Luis Eduardo Gomes, com foto de Divulgação. A seguir:
“Ocupações de estudantes se espalham pelo Estado e já superam 70 escolas
O movimento estudantil que ocupa escolas da rede estadual tem se espalhado rapidamente por instituições de ensino no Estado. Segundo a página Ocupa Tudo RS, ao menos 76 escolas estão ou já foram ocupados por seus estudantes. Com pautas que unificam reivindicações por melhorias físicas nas escolas com a busca por melhores condições de ensino e de trabalho para os professores, as ocupações têm crescido rapidamente nos últimos dias. Na segunda-feira, o movimento ainda não atingia nem 10 instituições. Algumas escolas, inclusive, já tiveram até encerrada a ocupação porque os estudantes consideraram seus objetivos atingidos. Na Frei Caneca, de Guaporé, por exemplo, foi encerrada nesta terça-feira (17). Em outras, está apenas começando.
A ocupação na escola Nossa Senhora da Assunção, em Caçapava do Sul, começou na última terça-feira (17), em uma assembleia que contou com a participação de 102 alunos – 89 deles foram favoráveis à ocupação. “Na escola, hoje o maior problema é a infraestrutura. Tem infiltrações, janelas que não fecham, também tem a questão dos banheiros que estão em estado deplorável”, explica Maria Alcina Alves, 20 anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio e presidente do grêmio estudantil.
Os alunos também reclamam que há falta de manutenção e dizem que uma empresa até chegou a ser contratada para realizar obras, mas as abandonou antes do término, deixando novos problemas estruturais. “Também tem a questão de que a gente luta a favor dos professores. A gente não aceita o parcelamento dos salários”.
Maria Alcina disse que os alunos da Nossa Senhora da Assunção já pensavam em realizar protestos contra as condições precárias da escola, mas que a opção pela ocupação surgiu a partir do exemplo vindo de outras cidades. “A gente pensava em fazer um ato mais forte para reivindicar as nossas necessidades e também apoiar os professores. Porém, como Caçapava é uma cidade muito pequena, ficava só em Caçapava. Como a gente ficou emocionado com a juventude se levantando, decidimos nos levantar também”, diz. “A nossa luta é pela nossa escola, por Caçapava, mas também é pela educação em geral”, complementa…”
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Famoso tiro no pé a longo prazo. Escolas particulares não pararam. Alunos das públicas têm cotas, mas formação deficiente. Greves só pioram a situação, achatam o calendário e diluem o conteúdo. Quando chega a hora de selecionar alunos para iniciação científica (nas áreas sérias, onde se avalia competência técnica e não filiação partidária) quem serão os escolhidos? Mais, nível de ensino nas universidades cai. Aí vem o argumento “maior parte da produção científica é feita nas instituições públicas”, “maior investimento é nas públicas”, “melhor conceito é nas públicas”. O que leva a uma questão. Lá no primeiro grau (ou no segundo), quando o professor pedia para cada aluno corrigir a prova de um colega, o que acontecia? Todo mundo “sentava” a caneta ou aliviava?