Coluna Observatório. Restrição ao consumo de álcool nos postos. A questão é beeem outra
Plenário da Câmara faz
de tudo para não votar
o projeto anti-álcool
Noticiou-se, nesta semana, que um dos argumentos utilizados pelos edis para não votar o projeto que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência e similares, é a inexistência de urgência. Outro seria a necessidade de discutir bastante a proposta. O primeiro pode ser entendido; o segundo chega a ser risível.
Afinal, como se sabe, o crime (especialmente os de trânsito, mas não apenas eles) está, quase na totalidade das vezes, associado ao consumo de álcool. Não é Observatório que afirma isso, mas as estatísticas. Admita-se, porém, que os números possam ser discutidos. E os vereadores se sintam no direito de contestá-los. Ok, ok, ok. Já dizer que falta mais discussão é beeeem diferente, e não se sustenta.
Por quê? Idéia parecida (proibia a compra) foi apresentada em 2006, por Anita Costa Beber. Foi bastante debatido, até mesmo nas comissões do Legislativo. A edil, talvez com base no que se conversou então, decidiu (era direito dela) retirar o projeto.
A proposta de agora é a mesma de maio de 2007. Nesses nove meses, passou por toooodas as comissões da Câmara. E mais: só não foi votado, em dezembro, porque na sessão decisiva, Jorge Pozzobom apresentou emendas que o fizeram retornar às comissões. Tudo para impedir a votação. E não há argumento convincente em contrário. Afinal, houve tempo de sobra para emendar antes, e isso não aconteceu.
Se, portanto, não subsiste a argumentação – falta de urgência e/ou necessidade de bastante debate -, a pergunta que fica é: por que a proposta não é votada?
A coluna, aliás, começa a firmar a convicção de que nããão será votada em tempo algum, nesta legislatura. Mesmo que seja para recusá-la. É dever do edil tomar posição. Por que não a toma, no caso? Medo? Do quê? De quem?
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