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A era cibernética – por Luciana Manica

Os tempos mudaram. Na era pré-moderna o homem valorizava a tradição. A sua terra, seu chão, não ia muito além do seu olhar. O consumo era o mínimo necessário. Abundância era o que estava na natureza.

Na modernidade, identificamos a busca pela linearidade, segurança, certeza. Houve valorização do conhecimento científico e da atividade industrial. O capitalismo estava no auge. O Estado mantinha o controle da vigilância e delimitava o poder regulamentador.

Já a alta modernidade nos brindou com incertezas e complexidades. Exigindo múltiplos olhares para compreender os fenômenos, trazendo a multidisciplinaridade. A vigilância é feita por todos nós via Face, Google, E-mail, What´s App, Twitter. Se você está na rede, também está sendo monitorado. É o chamado poder sedutor.

As pessoas, digo, os internautas, não têm mais RG e sim, IP. Ocupamos novos espaços, passamos a ser autores, titulares de verdadeiras obras originais, ao mesmo tempo que somos potenciais violadores de direitos alheios. O espaço físico não é mais limite. Os back ups nas “nuvens” são a nossa salvação. Não medimos mais em metros, mas sim, em bytes.

Os danos são extrafronteiriços, devendo atentar os malandros às penas de morte além mar. A propagação do estrago é ainda mais preocupante. O compartilhamento do conteúdo se dá de forma descontrolada e o prejuízo moral pode não ter fim.

Mas ao mesmo tempo a rede se tornou uma ferramenta para trazer milagre às empresas. Elas também passaram a ter nome de domínio (site) ao invés de CNPJ. O empresário teve que aprender a fazer uso da internet como sacada de marketing. Passou a associar sua marca à outra na rede, com a devida autorização, a fim de atingir um mercado nunca antes imaginado, ou ainda faz uso de blogs para lançar produtos. Dica: as blogueiras levam as tendências ao público alvo com baixo custo!

Os gastos da empresa física (que assustam) fizeram o empresário inovar e criar negócios online. O comércio que antes era rodeado por funcionários tentando convencer o cliente, hoje é feito por ofertas incessantes daquilo que você pesquisou 1 vez na vida e não cansa de ser relembrado: na lateral da sua pesquisa do Google, no seu e-mail, no Face, até que você cai na rede e compra a maldita coisa.

O comércio eletrônico trouxe diversas vantagens, como maior comodidade na compra do produto ou serviço, disponibilidade da loja estar aberta 24 horas por dia, acesso a qualquer momento por meio de smartphones e outros aparelhos conectados à internet, facilidade nas pesquisas comparativas. Ao mesmo tempo deu abertura para a vulnerabilidade de hackers para dados de cartões e senhas bancários, compras incorretas em razão da despadronização do tamanho de roupas, bem como possíveis atrasos ou danificação do produto durante a entrega.

Toda essa modernidade gera uma necessidade tremenda de atualização nas mais diversas áreas, devendo também haver interação entre esses campos para entender os novos fenômenos sociais, manifestados pela rede. Esses comportamentos inéditos estão exigindo atenção dos mais variados ramos.

As informações devem ser cada vez mais rápidas e precisas, pois não temos mais tempo para ler um livro por semana. As novidades devem ser atraentes para que o consumidor opte por seu negócio e não pelo concorrente. As relações jurídicas por vezes não estão previstas e os operadores do direito devem estar informados para salvaguardar a prova do dano. Essas são algumas das razões para que você se inscreva no curso “Direito Globalizado no Mundo Cibernético” que vai ocorrer dias 18 e 19 de março em Porto Alegre, para preparar-se para o novo mundo – o cibernético.

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2 Comentários

  1. Sr. Jack Baranhas, que fantástico que Santa Maria abarcará esse tema. De outra banda, uma santa-mariense está organizando o curso na capital. Realmente Santa Maria é "exportadora" de conhecimentos e capital intelectual.

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