ELEIÇÕES. Chapão de centro-direita confirmado. E deve ir além da aliança liderada por Pozzobom/Cechin
A decisão tomada pelo Partido Progressista agora à noite, e que encerrou longo período de negociações políticas, vai bem além da mera adesão da sigla que compôs com o PMDB nos últimos oito anos. É uma espécie de retorno às origens e a criação de um grupo ideológico bastante claro de centro-direita. Sérgio Cechin, decidiram os pepistas, no seu Diretório, não será mais candidato a prefeito. Comporá com Jorge Pozzobom, do PSDB, como concorrente a vice.
Há até quem diga que isso pode se modificar mais adiante. Afinal, falta a confirmação em convenção. Mas que não muda o principal: PP e PSDB juntos. E não estarão sozinhos, nesse chapão bem nítido ideologicamente. O Partido da República, que abriu mão de concorrer em faixa própria, com Paulo Ceccim, já aderiu. A qualquer momento, reunião de diretório do Democratas (DEM) deverá tomar a mesma decisão.
No intrincado jogo de negociações, não está em jogo apenas a eleição majoritária. Segundo o editor apurou, a ideia é formar um bloco suficientemente monolítico para garantir, também, uma forte bancada no Legislativo. Assim é que os partidos coligados na chapa majoritária devem apresentar-se em duas alianças distintas no pleito proporcional.
O PSDB e o PR devem compor um dos lados desse tabuleiro. O outro contaria com PP e DEM e, talvez, outras siglas que venham a aderir ao conjunto e à dobradinha Pozzobom/Cechin.
OS OUTROS LADOS
É evidente que a definição da chapa tucano-pepista, com a virtual participação de outras siglas à direita, também provoca modificações importantes no cenário, em função dos outros candidatos. Como parece bastante claro que o grupo mais conservador, liderado pelos partidos minúsculos e tendo na dianteira o Solidariedade (Jaderson Maretoli) e o PSC (Adão Lemos), não abrirá mão de sua estratégia, e também, contrariando o que muitos imaginam, o PPL de Werner Rempel estará mesmo na disputa, a expectativa se volta para os outros competidores.
Poucos acreditam, mesmo dentro do PC do B, na manutenção da candidatura de Tiago Aires. O mais provável é negociarem politicamente uma posição no grupo que será liderado pelo PT de Valdeci Oliveira. Mas ainda não está fechado. Da mesma forma, a Esquerda-Esquerda deve confirmar Alcir Martins, do PSOL, como o seu candidato.
O PDT segue, por enquanto, na sua posição de tentativa de se infiltrar no grupo da frente para ser o diferente e, por que não (pensam seus articuladores), ser o diferente e chegar ao segundo turno.
Enquanto isso, o chapão governista, idealizado em vários palácios e muitas conversas, acabou se reduzindo a uma chapa bastante significativa. Mas não do tamanho projetado. O PP, aparentemente, fugiu ao roteiro. De maneira que, ao que tudo indica, se confirmará mesmo a aliança PSB/PMDB, com a dobradinha Fabiano Pereira/Magali da Rocha. Como aliado principal dessas duas siglas há o PTB. E ouras siglas menores.
A conferir.
Mais do mesmo.
O PP, sem Farret, não mete medo em ninguém, tão fazendo tanto barulho por nada, porque não vai com candidatura própria, eu sei porque num segundo turno não vão poder barganhar cargo.