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ELEIÇÕES. Saída de lideranças do PSTU, não afeta a aliança de Esquerda, diz o pré-candidato Alcir Martins

Pré-candidato do PSOL, Alcir Martins, entende que saída de militantes do PSTU não prejudica a Frente. Tanto que irão conversar
Pré-candidato do PSOL, Alcir Martins, entende que saída de militantes do PSTU não prejudica a Frente. Tanto que irão conversar

A notícia da saída de cerca de 700 militantes do PSTU em todo o País, e a partir deles surgir uma “nova organização política”, como disse o ex-candidato a prefeito (e agora também ex-PSTU), Jeferson Cavalheiro (AQUI), pegou aparentemente de surpresa o que o editor costuma chamar de “esquerda-esquerda”, em Santa Maria.

Além de Cavalheiro, aqui também saiu a militante  Geovana Dutra (Gika), o que tem importância política, obviamente, mas não necessariamente numérica. Aqui, o PSTU tem (ou tinha) apenas 30 filiados, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral.

Mas, e a eleição de outubro? Afinal, esse posicionamento político tem uma pré-candidatura posta. No caso, a de Alcir Martins, do PSOL. Pois, via Feicebuqui, o editor encaminhou algumas questões ao militante psolista, logo depois de publicada a informação sobre o “racha” no PSTU. Martins fala disso. Mas também traz outras considerações relevantes, como você pode conferir a seguir, na íntegra:

Como está a discussão com o PSTU e o PCB, visando uma aliança eleitoral para outubro?.

As conversas com PSTU e PCB estão encaminhadas para rodadas derradeiras até a semana que vem, no máximo. Temos acordo em inúmeros pontos e, obviamente, algumas divergências pontuais (o que é salutar e necessário, afinal estamos em partidos diferentes). E aí é importante mencionar que todos esses acordos e desacordos têm sido conversados fraternalmente entre os partidos. Ao mesmo tempo é inegável que os prazos apertam e se aproxima a hora de termos uma resolução – e até semana que vem, como já disse, devemos ter essa resposta. O que podemos garantir desde já – e que reafirmamos a cada oportunidade – é que sem PSTU e PCB não existe qualquer outro partido com o qual seja viável uma aliança do PSOL.

Em reunião do PSOL nessa última segunda, conversamos, inclusive, sobre a possibilidade de uma chapa pura, caso a Frente de Esquerda não se efetive, e alguns nomes já foram até mencionados.

A saída do Jeferson Cavalheiro e Geovana Dutra, do PSTU, tem alguma influência sobre as conversas pré-eleitorais? Se influencia, no quê?

A saída do Jeferson não tem impacto na nossa campanha. Consideramos ele um valoroso companheiro, por quem temos muita admiração e respeito, mas nossa relação com o PSTU sempre foi enquanto partido, de ambas as partes. Mas sobre o Jeferson é importante dizer uma coisa: pelo que fica evidente no manifesto de saída do PSTU, que ele assina com diversas e diversos militantes do partido no país todo, não se trata de uma retirada da luta, nem mesmo uma aposentadoria, digamos assim. Esses e essas militantes estão saindo do PSTU para uma nova organização que traz algumas leituras táticas diferentes daquelas que se tinha no partido, mas que segue com uma série de princípios fundamentais, como a defesa de uma sociedade mais justa, igualitária, livre de opressões, uma sociedade na qual a gente não viva para trabalhar, nem morra de tanto trabalhar e mesmo assim esteja sempre no fio da navalha, sem poder sequer sonhar com uma vida melhor. Enfim, uma vida que todo mundo que trabalha conhece muito bem. Mas voltando ao assunto, ao que tudo indica – e conhecemos diversas das pessoas que deixam hoje o PSTU – essa organização será mais uma aliada na defesa de um projeto de sociedade que, em princípio, é o mesmo que defendemos. E se for assim, e o Jeferson for construir essa nova organização aqui em Santa Maria, sem dúvida alguma procuraremos ele para conversar com a campanha. Por óbvio que, por conta do calendário da legislação eleitoral, saindo do PSTU ele não poderá mais participar dessas eleições como candidato, até porque nem sabemos se essa nova organização de fato será um partido ou ingressará em um partido. Mas sem dúvida o Jeferson e a Geovana, agora ex-militantes do PSTU aqui de Santa Maria, estão entre as diversas vozes que queremos ouvir nesse grande processo de diálogo que está sendo a nossa pré-candidatura, e que até agora tem conversado com muita gente boa, inquieta, de coração aberto e louca pra ajudar nessa nossa luta. E, da parte do Jeferson, já anunciou que deseja conversar conosco.

Mais uma questão, dividida em duas, além de outras manifestações que o pré-candidato desejar fazer: quando acontece a convenção? E, conforme as negociações, se não houver a participação dos demais partidos do seu campo político, quem pode ser o vice?

Temos nas nossas conversas internas alguns nomes para vice em caso de chapa pura. Um nome com algum destaque e preferência internas. Um outro nome pra surpreender até, imagino. Alguns perfis que agradam por motivos distintos. Mas tudo isso tem sido discutido conforme é a nossa prática: a partir de reuniões abertas para toda a base do partido. Não acreditamos que seja possível combater essa política de marajás se formos um partido de marajás, que mandam e desmandam internamente. Sobre a nossa convenção, ela será realizada no início do prazo, que começa no dia 20 de julho, e aí a convenção deve ocorrer até no máximo o primeiro final de semana do período convencional. Isso inclusive foi conversado e aprovado em reunião do partido. Pra além disso, temos reunido nossas comissões, que já estão com a mão na massa. Esse final de semana, por exemplo, fomos a Uruguaiana, minha cidade natal, capturar algumas imagens para a campanha, especialmente em audiovisual. Aliás, nossa equipe de comunicação como um todo já está debruçada sobre os aspectos comunicacionais da campanha. Além disso, nessas últimas semanas temos realizado algumas conversas com algumas figuras que dominam determinadas pautas que consideramos interessantes e fundamentais, e isso é fruto da organização de uma comissão de programa político que também já está a pleno vapor. Enfim, é animador o que se apresenta desde já.

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Um Comentário

  1. Primeira controvérsia é “todo mundo que trabalha conhece bem”. Conceito de “trabalhar” é muito amplo. O sujeito que trabalha na torre de destilação de carvão de uma siderúrgica descascando enxofre, um advogado que passa empurrando processos no fórum e o chefe de uma repartição pública (que tem estabilidade), todos trabalham. Mas a visão de mundo deles é muito diferente. E o cara do enxofre não aparece em fotos na internet porque não deixam tirar fotos. Tem que ver pessoalmente.
    Lutar por utopias é direito, mas a partir do momento que alguém começa a falar em “revolucionário-marxista-leninista-trotskista” simplesmente é diagnosticado como alguém de outro planeta.
    Manifesto é o mesmo de sempre. Defesa dos trabalhadores, da comunidade LGBT, dos afrodescendentes, etc. Fracasso do socialismo real em diversos países. Como chegar ao poder. Não falam em globalização, questão ambiental, aquecimento global, mudança da matriz energética, etc.
    E o PT? Não serve como aliado, a “frente” é de esquerda-esquerda. Parece mais um “fato novo” para atrair um resquício de mídia.
    Falando nos caras, Márcio Pochmann outro dia na tv defendia a redução dos juros e investimento do Estado nas “áreas certas” para sairmos da crise. Investimento com mais impostos e mais dívida, óbvio, governo está com falta de grana. Se a fogueira não apagar com um balde de gasolina é porque usaram pouca gasolina. Ou não era aditivada.

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