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POLÍTICA. Dissidentes do PSTU e outros militantes anunciam um novo partido da “Esquerda-Esquerda”

Nome da nova agremiação política será confirmado neste sábado, em São Paulo. Entre os santa-marienses do partido está Jeferson Cavalheiro
Nome da nova agremiação política será confirmado neste sábado, em São Paulo. Entre os santa-marienses do partido está Jeferson Cavalheiro

Recém-saído do PSTU, o ex-candidato a prefeito e deputado Jeferson Cavalheiro, está na leva inicial de militantes do novo partido, que será oficializado neste sábado, em São Paulo. O nome será conhecido na hora, segundo o próprio, que enviou o material a seguir, a propósito do evento político. Confira:

Evento em São Paulo lançará nova organização de esquerda do Brasil

“A esquerda brasileira tem um encontro marcado no dia 23 de julho”, convida o historiador Valério Arcary ao lançamento da mais nova organização de esquerda no Brasil. O evento ocorrerá na Avenida Paulista, no Club Homs, neste sábado, às 18h. A nova organização, que terá seu nome apresentado pela primeira vez no evento de sábado, espera receber mais de mil ativistas do país inteiro para participar do lançamento, e organizações como o PSTU, o PSOL, o PCB e o MTST.

O novo grupo já nasce com uma vereadora em Natal, a mais votada da história do Rio Grande do Norte e, proporcionalmente, a mais votada no Brasil em 2012. A professora e vereadora Amanda Gurgel estará presente no lançamento ao lado de nomes como do historiador e pesquisador Henrique Carneiro, de militantes históricos da esquerda brasileira como Waldo Mermelstein e de jovens ativistas que protagonizaram as mobilizações de junho de 2013. “Será um encontro de diferentes gerações de lutadores com a mesma alegria e disposição de construir o novo”, afirma Amanda Gurgel.

A nova organização é resultado de uma ruptura com o Partido Socialista dosTrabalhadores Unificado (PSTU). No início de julho, 739 militantes, de 20 estados, saíram deste partido por diferenças políticas e dispostos a construir um novo caminho. Sob o Manifesto “É preciso arrancar alegria ao futuro”, publicado dia 6 de julho na internet e distribuído em diversas cidades do país, este grupo propõe contribuir com a reorganização da esquerda após a crise e falência do projeto do PT.

Na avaliação do novo grupo, o projeto do PT de governar em aliança com os partidos da ordem “em nome da governabilidade”, e de atender aos interesses das grandes empresas e banqueiros realizando apenas pequenas reformas social-liberais para os trabalhadores levou o país ao desastre. “A direção do PT é a primeira responsável pela tragédia que se abate hoje sobre a classe trabalhadora brasileira. Lula e Dilma traíram o sonho dos trabalhadores, enterraram-se a si próprios e abriram o caminho para Michel Temer e Henrique Meirelles”, defende o Manifesto.

A nova organização que se reivindica socialista sabe o impacto que a crise e degeneração do PT têm nas diversas gerações de trabalhadores. “Sabemos que a degeneração política do PT e a corrupção de seu aparelho alimentam uma saudável desconfiança entre os lutadores jovens que não querem ser manipulados como a vanguarda da geração anterior”, argumenta. Neste sentido, não se propõe a repetir os mesmos erros do PT. “Rejeitamos qualquer tentativa de reeditar, trinta anos depois, a experiência reformista do PT”. Para a nova organização de esquerda que será lançada neste 23 de julho, “a maior tarefa da esquerda anticapitalista, portanto, unir esforços e abrir o caminho para outra saída política. E ela pode ser construída desde já. Nenhum dos partidos e organizações da esquerda combativa pode hoje, por si só, oferecer esta saída.”

Um exemplo desta política de dar uma saída unificada para a reorganização da esquerda é o chamado a construção de uma Frente de Esquerda e Socialista nas lutas e nas eleições de 2016. A nova organização defende a conformação de uma aliança entre PSOL, PCB e PSTU na disputa eleitoral deste ano em diversas capitais, mas também a unidade da esquerda e dos movimentos sociais nas mobilizações pelo For a Temer e contra o ajuste fiscal aplicado por este governo. A nova organização defende a construção de um polo político alternativo ao Governo Temer, mas também ao PT.”

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